MIRAGEM NA LIGA SONHO NA EUROPA
Derrotas no Dragão e em Braga comprometeram o título, mas o leão tinha mais objetivos intactos
O Sporting já tinha dado sinais de quebra em fevereiro, com a primeira derrota no campeonato frente ao Estoril, mas em março o cenário agudizou-se. No Dragão, os leões jogavam para encurtar a distância de cinco pontos para o rival, mas a realidade viria a ser outra: o afastamento prematuro da corrida pelo título. Sem Bas Dost, lesionado, e Gelson Martins, castigado, Jorge Jesus apostou em Doumbia, mas em virtude da lesão do costa-marfinense foi obrigado a lançar o jovem Rafael Leão, que fez o golo do empate na... primeira vez em que tocou na bola. Após o intervalo, Brahimi recolocou os dragões em vantagem e, apesar da excelente reação, a equipa verde e branca deixou a Invicta com oito pontos de atraso. Jorge Jesus admitia que os leões ainda poderiam lutar pelo título de campeão, mas a verdade é que não dependiam só de si. Após o desaire com o FC Porto, o Sporting venceu Chaves (na vitória 300 de Jesus no campeonato) e Rio Ave, já com Bas Dost na equipa, e voltou a disputar nova ‘final’ em Braga. O jogo começou bem cedo fora das quatro linhas, com trocas de argumentos entre BdC e António Salvador devido ao negócio Battaglia, e prolongou-se para dentro de campo. No final, o Sp. Braga acabaria por vencer, com um golo de Raúl Silva já perto dos 90 minutos, numa jornada que levou o Benfica ao topo da tabela, beneficiando da derrota do FC Porto em Belém. Jorge Jesus assumia pela primeira vez a dificuldade de chegar ao título. “Com esta derrota perdemos o campeonato”, referiu o treinador, enquanto Bruno de Carvalho criticava a equipa. “Temos de refletir se somos dignos de usar o símbolo que trazemos ao peito”, escreveu o presidente, na rede social Facebook. Mas se o campeonato era uma miragem, na Liga Europa o Sporting acalentava o sonho de chegar à final da competição. Para já, tudo corria de feição. Os leões tinham eliminado o Viktoria Plzen, apesar da derrota na segunda mão, e iam encontrar o At. Madrid nos quartos-de-final. Difícil, sim, mas não impossível. *