UM BELO PITÉ(U) SERVIDO A ACABAR
Nada fazia prever aqueles cinco minutos frenéticos a fechar, depois de umjogo entre equipas encaixadas
No primeiro jogo de 2019 da Liga NOS, o fogo de artifício – leiase golos – apareceu com atraso, servido com um Pité(u) que se revelou indigesto para o Santa Clara. O médio do Tondela foi a figura, entrando aos 72’ e revolucionando a partida em somente 10 minutos, com dois golos.
Num encontro com duas equipas encaixadas durante boa parte do tempo, nada fazia prever uma reta final tão frenética, com os açorianos totalmente descompensados a nível defensivo e os beirões a desferir mortíferos ataques rápidos.
No primeiro tempo, assistiu-se a um Santa Clara com mais posse e saindo de trás com bola para atacar, perante um Tondela que procurava, sem grandes efeitos práticos, explorar transições ofensivas rápidas. O resultado foram 45 minutos iniciais com apenas duas ocasiões clamorosas, por Tomané (3’) e Kaio (31’) – esta última com enorme defesa de Cláudio Ramos. O começo da segunda parte parecia prenunciar algo diferente, quando Serginho defendeu para o o poste um centro traiçoeiro de Murillo. As combinações entre Patrick e Kaio na direita deixaram de funcionar e, na esquerda, Chrien demonstrava falta de intensidade; o Tondela suportavase pelos ‘esticões’ de Delgado e sobretudo Tomané.
Até que Pité entrou e tudo ficou diferente. Um pontapé longo de Serginho voltou para trás devido ao vento e Fábio Cardoso deixouse antecipar por Delgado, que assistiu o médio – num lance em que César foi expulso por tentar impedir o golo com a mão. O penálti escusado de Ricardo Costa que deu golo a Fernando Andrade na despedida teve depois resposta quase imediata, quando Patrick foi fazer um 2x1 desnecessário e abriu uma cratera nas suas costas para Pité brilhar e fechar o resultado.
SANTA CLARA TEVE MUITO MAIS BOLA MAS OS DERRADEIROS MOMENTOS FORAM UM DESCALABRO DEFENSIVO