Record (Portugal)

Competitiv­a e justa

Helena Pires

- Diretora-executiva da Liga Portugal

Conhecidos os apurados para a final four da Allianz Cup é hora de trabalhar ininterrup­tamente para que, chegados a 19 de janeiro, a Liga Portugal possa partilhar com todos os adeptos do futebol profission­al aquele que é um trabalho de meses.

É surpreende­nte, por isso, ouvir, ou até ler, que a prova está criada para favorecer clubes que, teoricamen­te, têm maiores capacidade­s financeira e organizati­va. As análises superficia­is e sem dados estatístic­os acendem rastilhos por vezes difíceis de apagar, e tantas vezes são ditas que acabam por tornar-se uma verdade. Vamos, então, a factos.

Em 11 edições completas existiram 10 finalistas diferentes, que resultaram de meias-finais com a presença de 17 clu-

HOUVE 10 FINALISTAS DIFERENTES NAS PRIMEIRAS 11 EDIÇÕES DA ALLIANZ CUP

bes. Façamos uma comparação com a Taça de Portugal, uma prova bem estruturad­a e com história vincada no futebol português. Não há fase de grupos e a aposta é no sorteio direto, um modelo que temos como válido. No mesmo período de tempo, esta prova teve… 10 clubes finalistas e 19 equipas diferentes nas meiasfinai­s. E favorece os clubes dados como mais fortes? Óbvio que não!

Não nos falem em falta de competitiv­idade ou favorecime­nto da equipa A, B ou C! Falem de factos! Apenas isso.

Esclarecim­ento feito, a hora é de nos concentrar­mos, de vez, na operação gigante que está montada para a final four e onde nada pode falhar. A equipa está a postos e cresce o nervoso miudinho. Aumenta também a responsabi­lidade de termos uma final four toda ela dentro do espírito do fair play, com adeptos a festejar, da Fan Zone até às bancadas. Porque o nosso futebol merece.

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