Silas ao poste
sem descurar a cobertura das laterais. Defesa a cinco, mas sem estacionar o autocarro lá atrás. Uma linha defensiva muito alta [3] ajudou a encurtar os espaços para a construção a partir de trás do Sporting. Fredy e Licá, muito móveis, iludiram a armadilha do fora-de-jogo em contraataques perigosos, recorrendo a movimentos de arrastamento e de penetração. No momento defensivo, estiveram igualmente muito bem a fechar as linhas de passe interiores [3] e a bloquear a 1.ª fase de construção do Sporting. No miolo, três jogadores bem ligados anularam Wendel na posição 10 [2] e bloquearam opções de rutura a Gudelj e a Miguel Luís. Esta situação deixava aos leões apenas a possibilidade de, ou bater longo no homem alvo Bas Dost, ou procurar situações de superioridade numérica 2x1 nos corredores por via da projeção dos laterais [2]. O Sporting sobe simultaneamente ambos os laterais, ou obriga os defesas adversários a alargarem espaços entre si, propiciando penetrações interiores essencialmente no espaço criado entre o lateral e o central. Além de tudo isto, também cria sobreposições nos corredores que resultam em cruzamentos venenosos para o goleador Bas Dost. Grande mérito para o Belenenses, que praticamente anulou estas situações até ter sofrido o golo marcado por um movimento de penetração de Bruno Gaspar. O Belenenses lutou até ao fim e até obrigou Gudelj a abusar da muleta Miguel Luís, que jogou praticamente sempre ao seu lado. Como o jogo estava ao minuto 31, se a bola não fosse ao poste, Silas poderia ter continuado invencível fora de portas.