Keizer precisa de um plano B
Mais uma vez, o Sporting voltou a sentir muitas dificuldades. A fórmula Keizer foi descoberta?
Podemos dizer que sim, pelo menos no que diz respeito à primeira fase de construção do Sporting. Tal como outras equipas, o Belenenses fez marcações muito próximas a Gudelj e Wendel, quase individuais, obrigando Renan e os centrais a bater na frente muitas vezes ou a forçar o erro. Com isso, o Sporting perdeu identidade e capacidade para progredir de forma apoiada, ao mesmo tempo que permitiu vários contraataques rápidos ao Belenenses, globalmente mais perigoso nos primeiros 45 minutos.
Notou-se a ausência de Bruno Fernandes?
Muito. Porque é um jogador muito forte em duelos individuais, capaz de queimar linhas com dribles ou passes, além de aumentar a capacidade de remate de longa distância. Sem essa referência, faltou ao Sporting um médio capaz de ter a bola e aguentar a pressão permanente do adversário.
A saída de Nuno Coelho, lesionado, acabou por hipotecar as hipóteses do Belenenses?
Foi uma mudança importante, logo a abrir a segunda parte, porque levou o Belenenses a trocar a defesa a três por uma defesa a quatro, o que ‘obrigava’ os alas Licá e Fredy a fechar os corredores, tirando-os de zonas mais adiantadas. Aliás, no lance do 1-0, foi precisamente Fredy que não acompanhou o movimento de Bruno Gaspar, permitindo um remate à vontade.