Record (Portugal)

PONTO DE EQUILÍBRIO ESTICA O PRECIPÍCIO

Chavescom riscos calculados perante um Feirense determinad­o asegurar o empate

- CRÓNICA DE PEDRO MALACÓ

RIGOR DEFENSIVO DOS FOGACEIROS APÓS A MUDANÇA TÁTICA DOS FLAVIENSES VOLTOU A CONGELAR AS OPERAÇÕES

O duelo de aflitos que se desenrolou ontem em Chaves não trouxe novidades no fundo da classifica­ção porque ninguém quis assumir o risco de deixar escapar um pontinho estratégic­o. Pequeno balão de oxigénio, curto para a interpreta­ção que o jogo despertou nas bancadas, mas que acaba por ser compatível com as aspirações de duas equipas que já não conhecem o sabor de um triunfo há vários meses.

Perante uma condiciona­nte emocional com uma carga tão grande não foi surpresa um desdobrame­nto cheio de muitos nervos e pouca astúcia, menos ainda o suspiro de alívio que o apito final de Artur Soares Dias proporcion­ou junto de ambas as falanges. O Chaves, que lá acabou por conseguir estancar uma sequência de oito derrotas no campeonato, até esteve muito perto de chegar ao golo, mas o ímpeto esbarrou sempre na determinaç­ão de Bruno Brígido. O guardião do Feirense não só negou um golo cantado (39’) a William com um voo espetacula­r, como anestesiou a amplitude que os transmonta­nos manifestar­am após o descanso, quando Tiago Fernandes, que apenas realizou uma alteração, abdicou da falta de profundida­de de um ataque refém da mobilidade reduzida de William e Platiny e apostou as fichas todas na velocidade de Luther e Perdigão nos corredores Período com algum sal, contudo, demasiado efémero para contornar o rigor defensivo de um Feirense que não perdeu tempo a fazer pela vida de modo a ganhar mais corpo e posse de bola no mio- lo e, assim, manter a sua baliza longe de perigo.

Reação capaz de diluir a aceleração transmonta­na quase logo de seguida, mas com consequênc­ias na resposta porque o coletivo perdeu discernime­nto e deixou de aproveitar as escassas transições que o jogo produziu.

Ponto de equilíbrio que acabou por ficar cada vez mais acentuado na dinâmica de ambas as equipas com o adiantar do cronómetro até que o conformism­o no nulo assumiu contornos palpáveis e acabou por condenar a reta final da partida a um marasmo de ideias. *

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EM FUGA. Crivellaro já escapou à marcação de Djavan

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