GAMAL NEGA ROUBO
Árbitro egípcio esteve no centro da polémica no jogo dos ‘quartos’ entre a Coreia do Sul e a Espanha
Em 2002, a Roja caía nos quartos-de-final do Mundial frente à anfitriã Coreia do Sul, numa partida que tornaria para sempre o árbitro Gamal Al-Gandhour como ‘persona non grata’ em Espanha. A seleção orientada por Camacho caiu nos penáltis (3-5), com uma arbitragem muito polémica do juiz egípcio cuja prestação a imprensa espanhola classificou como o “roubo do século”. Agora, 17 anos depois, num documentário da Movistar, Gamal AlGandhour negou que tenha sido corrompido pelo coreanos. “Sou muçulmano e tenho perfeita consciência do que é permitido e do que é proibido. Não recebi dinheiro dos coreanos. Em 2002, recebi uns 45 mil dólares [cerca de 39 mil euros] no Mundial. Tínha- mos prémios diários. Alguém acredita que no Campeonato do Mundo alguém ia oferecer dinheiro aos árbitros? É uma vergonha ainda se falar disso hoje”, lamentou o antigo árbitro. Um dos lances mais polémicos do jogo foi o golo mal anulado a Morientes, em que o árbitro assistente considerou que o cruzamento de Joaquín foi para lá da linha final. “É claro que a bola não saiu no golo do Morientes, mas mesmo assim recebi uma nota de 8.7 [em 10]. Paguei também pelos erros dos meus assistentes”, lamentou o ex-árbitro. Recorde-se que a Coreia do Sul eliminou Itália e Espanha, antes de ser eliminada nas meias-finais frente à Alemanha. *