Record (Portugal)

A luz era fraquinha

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Apagou- se rapidament­e, demasiado diria, a luz que Luís Filipe Vieira disse ter visto quando decidiu segurar Rui Vitória contra todas as expectativ­as e opiniões dentro do clube. Daí para cá o Benfica somou sete vitórias, um empate e a derrota em Portimão. Bastou essa para que o presidente deixasse cair o técnico bicampeão. Entendo que se pense que o clube da Luz precise de tomar medidas, mas sente-se uma gestão algo errática no futebol. Para ano de reconquist­a, a fé no trabalho do homem que sucedeu a Jesus acabou rapidament­e.

Asolução de umtreinado­r interino nunca é a ideal. Não faço comentário­s sobre o trabalho de Bruno Lage, mas é evidente que se trata de um risco a aposta num homem tão inexperien­te no futebol de primeiro plano. Não só porque mostra que a estrutura encarnada não tinha plano B, mas pior, deixa a época desportiva entregue a uma solução temporária, sem quaisquer garantias de sucesso. Atenção que há histórias felizes em apostas deste tipo. Mas são raras.

Jesus seria uma solução para os problemas na Luz. Resta saber se Vieira consegue convencê-lo. E já agora aos companheir­os de direção. Provavelme­nte vão rezar pelo sucesso de Bruno Lage frente ao Rio Ave e tentar tomar a decisão mais perto do final da época. Quem diria que o Benfica ia abanar desta forma.

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