Jorge Simão rejeita rótulo de equipa de ‘caceteiros’
O Boavista visita o reduto do Sp. Braga esta noite, mas os duelos recentes com Moreirense e V. Setúbal permanecem na memória de Jorge Simão, que não esquece as três expulsões e as duas lesões de que a pantera foi vítima nesses embates. Passando em revista o atual momento da arbitragem, o técnico considerou que a mesma está condicionada pela imagem de ‘equipa caceteira’ que tem sido colada aos axadrezados. “Enquanto nos for colocado o rótulo de agressivos, competitivos e aqui ou ali de ‘caceteiros’, isso vai influenciar os agentes do futebol. Comecem a olhar para nós com
“AS FALTAS QUE FAZEMOS SÃO MAIORITARIAMENTE NO ATAQUE. NESTES DOIS JOGOS TIVEMOS DE MUDAR NÓS DOIS POR LESÃO”.
outros olhos que não dessa equipa agressiva que mete uma faca na liga e vai atrás deles. Nós não somos isso”, começou por dizer, sublinhando que o seu coletivo “nunca meteu em risco a integridade adversária”, ao contrário do que, na sua ótica, tem acontecido contra o próprio Boavista.
“As faltas que fazemos são, na sua maioria, no meio-campo ofensivo. Nestes últimos dois jogos fomos nós obrigados a mudar dois jogadores por lesão. Em Moreira de Cónegos, o Rochinha, e frente ao V. Setúbal o Fábio Espinho, que sofreu uma entrada arrepiante”, lamentou, antes de refletir sobre o que pode ser mudado na cultura da arbitragem.
“Os árbitros apitam demasiadas vezes, muitas delas desnecessariamente. Os jogadores sabem que se caírem, é marcada falta. Vi o Manchester City-Liverpool há dias e a diferença é incrível. Gostava que nos aproximássemos e que houvesse uma uniformização de procedimentos”, apontou. *