Record (Portugal)

EXPERIÊNCI­A POR DENTRO DAS SÃO SILVESTRE

- FÁBIO LIMA

Estivemos em Viana do Castelo e na Amadora e sentimos a magia de correr nesta época do ano

De norte a sul, de este a oeste, o final de cada ano (e por vezes até no início do seguinte…) é habitualme­nte repleto de corridas de São Silvestre. É já uma tradição de fim de ano e o nosso país até chega a ser demasiado pequeno para tanta prova. Ainda assim, o certo é que, ano após ano, são cada vez mais as corridas que fazem vários milhares de portuguese­s superarem-se e desafiarem o frio da época para concluírem os já tradiciona­is 10 quilómetro­s. Aqui no Record também aderimos à ‘moda’, fazendo-o a norte e a sul, nas São Silvestre de Viana do Castelo e da Amadora, a 22 e 31 de dezembro, respetivam­ente.

A primeira ainda é uma prova novata no calendário nacional, pois apenas se realizou pelo sexto ano, mas, a julgar pela forma apaixonada como fomos recebidos, com milhares nas ruas a apoiar os corredores e um percurso interessan­te (que começa e acaba na zona central da cidade), acreditamo­s que muito em breve passará a ser um ponto de passagem obrigatóri­o para muitos corredores nacio- nais, seja eles amadores ou até mesmo profission­ais.

Aliás, Viana do Castelo foi uma vez mais palco de duelos intensos num elenco de impor respeito, com atletas de renome como Rui Teixeira, Ricardo Dias e Sara Mo- reira, do Sporting, Samuel Freire, do Benfica, ou Hermano Ferreira, agora ao serviço da Escola de Atletismo de Coimbra. As vitórias foram para este último e para Sara Moreira, numa prova que contou também com a presença do campeão mundial de canoagem Fernando Pimenta - assinou um honroso 21º posto, com um tempo final de 34.43 minutos.

DE NORTE A SUL, PORTUGAL É ‘INUNDADO’ NO FINAL DE CADA ANO POR CADA VEZ MAIS PROVAS DE 10 QUILÓMETRO­S

Venha outra!

Uma semana volvida, e já com os excessos natalícios devidament­e ‘despachado­s’, fechámos o ano na mais tradiciona­l e antiga São Silvestre de Portugal Continenta­l. Já lá tínhamos estado em 2017 e no ano passado voltámos, para uma vez mais ficarmos encantados com todo o ambiente que ali se vive. São milhares e milhares nas ruas a apoiar, entre miúdos e graúdos, bandas a tocar para animar os corredores e um cenário natalício que ajuda a embelezar ainda mais todo o momento. Quem lá vai pela primeira vez fica surpreendi­do com o apoio popular, por não ser habitual nas corridas do nosso país. Quem re- pete fica com vontade de... voltar a repetir e até de criar uma tradição de final de ano.

E o maior sinal disso acabou por ser o facto de a prova da Amadora, mesmo realizando-se às 18 horas do dia 31 de dezembro, ter fixado um novo recorde de inscritos, com mais de 2 mil atletas presentes. Para o registo ficou também mais um triunfo de Rui Pinto, atleta do Benfica que fez história, pois nas ruas amadorense­s alcançou uma inédita 4ª vitória seguida e superou referência­s como Carlos Lopes e Domingos Castro. Da nossa parte também registámos vitórias, pois tanto em Viana do Castelo como na Amadora conseguimo­s melhorar os nossos tempos do ano anterior (em 1h20 e 2h30, respetivam­ente) e acreditamo­s piamente que esses novos melhores registos se deveram em (grande) parte à forma entusiasta como, tanto a norte como a sul, fomos empurrados rumo à meta pelo público. Porque nisto do mundo da corrida, podemos correr sozinhos, mas nunca estamos sozinhos...

No final deste ano - ainda falta muito, nós sabemos... - cá estaremos prontos para novamente desafiar as São Silvestre. Quantas? Ainda não sabemos, mas estamos prontos para qualquer desafio que nos coloquem pelo caminho. Basta haver pernas para tal... *

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TENSÃO. O momento prévio à partida na São Silvestre da Amadora
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EM AÇÃO. Em pleno esforço final na São Silvestre de Viana do Castelo

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