Record (Portugal)

Vitória abre hostilidad­es

- VítorPinto Editor

O despedimen­to de Rui Vitória do Benfica não tem a delicadeza do bater de asas de uma borboleta. Pelo contrário, ameaça tornar-se num sismo com múltiplos epicentros. O V. Guimarães emitiu uma declaração de guerra aos encarnados, qualifican­do como “hostil” qualquer abordagem a Luís Castro, isto com um duplo duelo entre os dois emblemas (nos dias 15 e 18, no D. Afonso Henriques) já no horizonte. Um barril de pólvora com rastilho aceso. Júlio Mendes pisou forte, como os adeptos vitorianos exigem, e avisou ainda o Benfica de que o espera uma queixa por aliciament­o se não mudar a agulha para outras paragens. Uma manobra para desviar o voo picado da águia rumo ao rival de Braga de que António Salvador não gostou, dado que o seu projeto de título está sustentado no carisma de Abel Ferreira. O verniz também estalou entre os rivais do Minho e o incêndio ameaça ganhar novas frentes.

Mais grave ainda foi o que aconteceu ao V. Guimarães no Jamor. Artur Soares Dias é um grande árbitro, mas não é infalível. Pode analisar mal um lance em que um guarda-redes puxa a camisola a um avançado, sendo levado a assinalar uma interferên­cia que custou o empate aos minhotos. O que não aceito é que Soares Dias tenha apitado por incúria a alegada falta um centésimo de segundo antes de a bola entrar na baliza. Assim impediu que houvesse golo anulado e bloqueou qualquer escrutínio por parte do VAR. Depois do escândalo de Carlos Xistra em Alvalade, na época passada, que impediu o Sp. Braga de vencer o Sporting, que qualquer adepto médio interioriz­ou que o árbitro deve decidir, mas apenas depois de concluída a jogada. Acontecer isto ao Vitória, que já se queixava de um défice de 12 pontos pelas arbitragen­s, começa cada vez menos a parecer uma coincidênc­ia.

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