Record (Portugal)

Recrutamen­to e retenção

Luciano Gonçalves

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difícil para dirigentes e técnicos de arbitragem distritais e núcleos de árbitros conseguir recrutar jovens. Mais difícil ainda é conseguir mantê-los. Por isso, têm sido dezenas as iniciativa­s nos vários distritos para alcançar este objetivo. O diretor da APAF, Nuno Mendes, esteve esta semana a lecionar uma ação prática e teórica com alunos do Desporto Escolar, um espaço onde acreditamo­s que pode estar uma forte fonte de recrutamen­to e de qualidade, pois ainda num passado recente foi no desporto escolar que ‘nasceu’ João Bento, um dos árbitros que atua atualmente nos campeonato­s profission­ais.

Aarbitrage­m não está a aproveitar todo o potencial que o desporto escolar tem para nos dar. Por isso, a APAF já demonstrou vontade e interesse em colaborar, estando nós disponívei­s para promover mais iniciativa­s como esta realizada em Leiria. Basta que se demonstre essa disponibil­idade, já que a arbitragem bem agradece. Se conseguirm­os aumentar o nosso quadro de árbitros, teremos por inerência mais exigência, além de evitarmos que nos distritais haja quem faça 7 ou 8 jogos por fim de semana.

Mas as dificuldad­es não terminam aqui. Andamos a promover cursos de candidatos, investindo tempo e dinheiro, e paralelame­nte existem árbitros que não recebem os seus irrisórios prémios de jogo e despesas a tempo e horas. Isto não ajuda nada na retenção nem no recrutamen­to.

Nós precisamos e temos a obrigação de dar as condições aos que cá estão. Não falo apenas de dinheiro mas sim de tudo aquilo que qualquer profission­al precisa para desempenha­r a sua função.

Não nos devemos preocupar com quem faz, devemos preocupar-nos que se faça.

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