Só a Leste algo de novo
Com quase todos os campeonatos com metade das jornadas cumpridas, pouco há de entusiasmante por esta Europa fora. Uma ou outra surpresa não tornam a fase final das principais ligas muito aliciante. Em Espanha, o Sevilha ainda deu uma ar de sua graça, mas viu-se arredado da liderança por um ‘económico’ Barcelona que já leva cinco pontos de avanço sobre andaluzes e colchoneros e 10 (!) sobre um tristonho e desorientado Real Madrid. De facto, muita falta tem feito Ronaldo aos merengues. E basta ver aquilo que o madeirense tem feito em Itália, para se constatar que, com ele, também o passeio da Juve ficou ainda mais facilitado.
Nenhuma surpresa, por conseguinte, nestas duas ligas, tal como em França, onde o PSG, com Neymar, com meio Neymar ou sem Neymar, leva 13 pontos a mais do que o 2.º classificado e tem dois jogos a menos do que este. Foi afastado da Taça, é certo, mas não é por isso que o interesse na competição principal aumenta.
A animação vem dos campeonatos de sempre ( a EreDivisie holandesa, onde PSV e Ajax lutam pelo título, não tem a dimensão de outrora), isto é, da britânica Premier, onde continua a ser possível qualquer equipa bater qualquer equipa, como se viu com a vitória do Manchester United em Londres sobre o Tottenham, deixando-o mais distante do título. Novo, porém, é aquilo que se está a passar na Bundesliga, onde o poderoso Bayern tem já seis pontos de atraso do surpreendente Dortmund e vê o M’Gladbach morder-lhe os calcanhares.
Perante este quadro, desinteressante para o amante do espectáculo-futebol e pouco aliciante para quem nele investe milhões, ainda há quem estranhe que sobre a mesa se coloque cada vez com mais acuidade a criação de uma super-liga europeia?