Árbitros e apitadores
Em jornada de clássico assistimos a arbitragens bem distintas com alguns lances cruciais. Nos Açores, uma arbitragem equilibrada, com João Capela a abordar o jogo de forma positiva. O seu trabalho fica marcado pela reversão de uma decisão, após indicação do VAR. Aprimeira análise feita, numa jogada de grande dificuldade, foi assinalar penálti num lance em que Pizzi é agarrado à entrada da área. As imagens disponibilizadas ao VAR não confirmaram que a infração tenha terminado dentro da área. O árbitro, alertado pelo VAR, decidiu visualizar o mo- nitor e reverteu a decisão técnica e disciplinar, assinalando livre direto e cartão vermelho. João Capela teve ‘coragem’ de assumir a decisão, cumprindo as leis de jogo. No clássico, assistimos a uma arbitragem condicionada por uma estratégica negativa para o futebol. Um árbitro demasiado rigoroso no aspeto técnico e disciplinar, interrompendo o jogo por qualquer contacto, atingindo as habituais 40 faltas. Estratégia que destrói o futebol-espetáculo e promove demasiadas paragens. Punir todos os contactos no meio campo, impedindo que a bola chegue às áreas, evita que o árbitro corra riscos de cometer erros graves. Um mau exemplo, de um árbitro FIFA, para os jovens árbitros deste país. O erro mais grave aconteceu no final da primeira parte, em que uma infração de Bruno Fernandes não foi devidamente sancionada disciplinarmente. Não exibir um cartão amarelo e respetivo vermelho num lance tão claro e evidente é desvirtuar a aplicação das leis de jogo e destrói qualquer projeto da estrutura da arbitragem. Afalta de coragem transforma os árbitros em verdadeiros ‘apitadores’. *
17.ª