SITUAÇÕES ANORMAIS PARA TER EM CONTA
ECOS DO JOGO DE GUIMARÃES Distinguiu questões estratégicas de outros comportamentos dos adversários
A meio desta semana, Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, denunciou alegados comportamentos “antijogo” dos adversários azuis e brancos, dando como exemplo duas situações ocorridas na última jornada, em Guimarães. Convidado a debruçar-se sobre o tema, Sérgio Conceição distinguiu questões “estratégicas” das demais, mas admitiu que também ele viu coisas anormais no Berço.
“Às vezes são situações que passam despercebidas. Vocês, quando estão a analisar o jogo, não veem se o apanha-bolas dá a bola ou a mete no chão para o nosso jogador ir buscá-la, por exemplo. Nós temos a ‘filmagem aberta’, que apanha os 22 jogadores em campo, equipa de arbi-
“ÀS VEZES SÃO OBRIGADOS A ALTERAR A IDENTIDADE DAS SUAS EQUIPAS. MAS SOBRE ISSO NÃO TENHO NADA A DIZER”
tragem, apanha os apanha-bolas... E vimos alguns comportamentos que não são normais. (...) Há as reposições de bola do guarda-redes; há, se contabilizarem, nomeadamente na segunda parte, as vezes que o adversário interrompeu o jogo e entrou o staff médico em campo; e por aí fora...”, afirmou. Porém, o técnico fez questão de diferenciar estes exemplos daquilo que é a abordagem legítima que os seus oponentes fazem a cada embate. “Bem ou mal, cada um tem a sua filosofia e os seus princípios. Às vezes os adversários são obrigados a alterar a identidade das suas equipas, identidade essa que também por vezes tanto apregoam. Mas sobre isso não tenho nada a dizer”, referiu, colocando-se na pele de um treinador que se prepara para enfrentar o seu FC Porto: “Se estivesse noutra equipa, obviamente teria cautelas e precauções em relação àquilo que é uma intensidade de jogo grande, com um impacto físico incrível que o FC Porto tem no jogo. Isso é absolutamente normal.” *