Record (Portugal)

“Ganhar com samba ou rock ‘n’ roll”

Queiroz define estilo para levar a seleção ao Mundial’2022 e tentar vencer a Copa América

- AURÉLIO DE MACEDO

Depois de Europa, América do Norte, África e Ásia, Carlos Queiroz chega à América do Sul com o objetivo de levar a Colômbia ao Mundial, no Qatar, e lutar pela conquista da Copa América, competição que arranca em junho, no Brasil, e onde o português enfrentará a Argentina, o Paraguai e o Qatar, na fase de grupos. Sucessor do argentino José Pekérman, o português assinou até 2022, tornando-se o 11º estrangeir­o a assumir o comando da seleção cafetera e o primeiro europeu nos últimos 40 anos, depois de Blagoje Vidinic (1979). “Chego com muita humildade e com o objetivo de fazer o melhor de forma a cuidar bem do património fantástico deixado por Pekérman, e do prestígio e da reputação que a Colômbia tem no Mundo inteiro”, disse Queiroz na conferênci­a de imprensa de apresentaç­ão, em que vestiu, de forma simbólica, o casaco de selecionad­or. A conversa com os jornalista­s, que durou 41 minutos, incidiu, principalm­ente, na ambição do técnico e, questionad­o diretament­e sobre o objetivo na Copa América, atirou: “Não posso garantir que vamos ganhar, mas prometo que vamos tentar.” E o estilo é indiferent­e. “Depois de mais de 35 anos de experiênci­a, digo que o estilo de jogo que mais me agrada é o de respeitar a arte de ganhar. Se o estilo for rock ‘n’ roll assim o faremos, se for samba a mesma coisa.”

Recordar aGeração de Ouro

“A VISÃO QUE TINHA EM 1989 É A MESMA DE HOJE. PARA SER MELHOR É PRECISO SER CAMPEÃO TODOS OS DIAS”, DISSE

O tema levou o técnico a lembrar o seu início de trajeto nas Seleções jovens portuguesa­s, nas quais conquistou dois Mundiais de sub-20 com a denominada ‘geração de ouro’. “Em 1989, com alguns meninos à minha frente, que não sei se conhecem – João Pinto, Fernando Couto, Rui Costa –, dizia-lhes que estávamos ali [em Riade] para sermos campeões do Mundo. E o que recebi de todos eles foi um sorriso, porque pensavam que eu estava louco. A visão que tinha em 1989 é a mesma de hoje. Se queres ser melhor e ser campeão, é preciso ser campeão todos os dias. Há que ter um plano de campeão, uma preparação de campeão, uma atitude de campeão”, vincou o selecionad­or. Carlos Queiroz sublinhou que este é um momento para questionar como se pode fazer melhor e, para tal, é preciso ouvir técnicos e jogadores. E já começou com James Rodríguez, médio cedido pelo Real Madrid ao Bayern e grande referência da seleção, a par de Falcão (Monaco) e Ospina (Nápoles). “James foi o primeiro jogador com quem me encontrei, por coincidênc­ia viajámos juntos para Madrid e falámos um pouco. Será em volta destes jogadores que terei de construir uma equipa, porque são a alma e o coração desta seleção.” *

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DESAFIO. Queiroz exibe a nova camisola ao lado do presidente da federação colombiana Ramón Jesurún

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