RECUPERAR O RECORDE
Elite africana vai lutar para superar a melhor marca mundial na MeiaMaratona de Lisboa
Longe de pensar em muitos milhares de euros para trazer, por exemplo, o britânico Mo Farah (“pediu valores bem acima dos 100 mil euros”, confessaria Carlos Móia), a 29ª edição da emblemática Meia-Maratona de Lisboa, a 17 de março, arrasta um enorme prestígio e transporta um desafio: recuperar o recorde mundial, que chegou a deter durante oito anos. Em 2010, Zersenay Tadesse, da Eritreia, entrou para as primeiras páginas da imprensa ao estabelecer a melhor marca mundial de sempre na prova organizada por Móia, ao correr a distância em 58,23 minutos. Desta feita, o promotor voltou a contratar africanos da primeira linha (“temos 20 atletas com menos de 61 minutos e 14 mulheres com menos de 70 minutos”, acentuou Móia) na tentativa de o recorde mundial ficar ligado à Meia-Maratona de Lisboa.
Em boa parte, a queda de um recorde mundial dependerá não só da boa forma dos atletas, mas igualmente das condições atmosféricas, numa zona geralmente fustigada pelo vento. Há bons nomes, a começar pelo queniano Erick Kiptanui, vencedor do ano passado, o seu compatriota Bernard Koech, que ganhou em 2013, e outro homem nascido no mesmo país, Solomon Kirwa Yego, vencedor da meiamaratona de Milão.
Quem superar o atual recorde mundial na posse do queniano Abraham Kiptum (58,18 minutos em Valência, em outubro de 2018) tem um prémio de 50 mil euros. E o mesmo valor será atribuído à mulher que bater o recorde mundial.
Na primeira linha teremos a queniana Vivian Cheruyiot, campeã olímpica de 5.000 metros e que o ano passado ganhou a maratona de Londres, e ainda as etíopes Netsanet Gudeta, Zeoneba Yimer e Gelete Burka.
Dinheiro para português
A boa novidade para os portugueses poderá acontecer quando for festejada em 2020 a 30ª edição. “Admito atribuir um valor a quem bata o recorde nacional na meiamaratona”, disse Carlos Móia, respondendo a essa possibilidade levantada pelo nosso jornal. Presenças anunciadas para a edição deste ano são as de Hermano Ferreira, várias vezes o melhor português nesta competição, e Ricardo Ribas e ainda as olímpicas Dulce Félix e Sara Moreira. *