“Nunca vi outro como ele”
Paulo Futre nunca escondeu a paixão por Fernando Chalana. “É o meu ídolo eterno, um jogador genial, dos maiores de sempre no futebol português e europeu”, começa por salientar, apelando à memória do Euro’84, onde confirmou “tratarse de um craque do outro Mundo”. Era ainda adolescente, estrela maior do futebol jovem do Sporting, “e ia ao Estádio da Luz, com o cartão da FPF”. “Muitas vezes, os porteiros conheciamme e perguntavam-me por que motivo estava ali, no campo do rival, ao que eu respondia sempre que não ia ver o Benfica, ia ver o Chalana”, explica, antes de deixar escapar um nostálgico “era incrível”, para acrescentar: “Nunca vi outro como ele. Aquele movimento de cintura tirava um, dois, três jogadores da frente. Era um sonho vê-lo jogar. Ficava com as jogadas dele na cabeça durante semanas.” Os dois coincidiram na Seleção só uma vez: “Foi num jogo com o Luxemburgo, no Bessa. Recordo-me do nervosismo que senti, por ser companheiro do meu ídolo de infância e de sempre. O sentimento que nutro pelo Chalana é eterno. De resto, uma das características dele é exercer fascínio nos adeptos, independentemente dos clubes. Ele era o jogador que todos queriam ter na equipa deles.”
A juntar ao ídolo, Futre reconhece outro aspeto que o deslumbra no ‘Pequeno Genial’: “É uma pessoa incrível, humilde, com um fundo bondoso. O Chalana foi sempre assim, nunca mudou. Adorava-o só de o ver jogar, mas quando o conheci a minha admiração por ele aumentou ainda mais.” *