ARGUIDOS CALADOS
Paulo Pereira Cristóvão e Mustafá acusados de participarem em assaltos violentos a residências
O ex-inspetor da Polícia Judiciária e antigo vice-presidente do Sporting, Paulo Pereira Cristóvão, e o líder da claque Juventude Leonina, Nuno Vieira Mendes, mais conhecido pela alcunha de ‘Mustafá’, remeteram-se ontem ao silêncio, no início da repetição do julgamento relacionado com assaltos violentos a residências. Além destes dois indivíduos, existem mais 15 arguidos, onde se incluem três agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), acusados de pertencerem a uma alegada rede criminosa de assaltos a residências na região de Lisboa. Deste lote, apenas dois arguidos aceitaram a prestar declarações. Já Paulo Pereira Cristóvão e Mustafá remeteram-se ao silêncio, mas reservaram o direito de falar numa fase posterior. Refira-se que este julgamento está a ser repetido no Tribunal de Cascais, após o Supremo Tribunal de Justiça ter anulado o primeiro.
A agente da PSP, Telma Freitas, confessou-se “arrependida” e admitiu ter participado num assalto com Elói Fachada (também agente da PSP) e Serge Torres, enquanto o agente Luís Conceição ficou a fazer vigilância. O testemunho posterior de Serge Torres apresentou uma contradição ao afirmar, numa primeira fase, que tinha visto Mustafá e o irmão numa carrinha relacionada com o assalto e, ontem, garantiu só ter visto a viatura. O julgamento recomeça no dia 20 de fevereiro, com a continuação da audição a Serge Torres. *