MULHER AO VOLANTE? TRAVÃO NA BRINCADEIRA…
Mulher ao volante, perigo constante? Nada mais errado! Quem capotou o carro até foi ele e o insólito da situação estilhaçou qualquer hipótese de amor à primeira vista. “Conhecemo-nos num dia em que o Bruno estava a fazer uma ação de co-drive direcionada para o público em geral. Como já gostava de velocidade, resolvi aparecer para experimentar as sensações de um carro de corrida. Chegou a minha vez, fui e gostei”, recorda Ana Laura, sobre o momento em que quase não quis voltar a ver o futuro namorado. “O Bruno capotou logo a seguir! Ainda me lembro do barulho do carro às cambalhotas mesmo ao pé de nós… Enquanto estávamos todos preocupados com a eventualidade de alguém se ter magoado, ele só 45 ANOS, Ourém ENGENHEIRO MECÂNICO E GESTOR
Piloto de ralis abanava a cabeça e olhava para o carro. A única preocupação dele é que poderia já não o ter para a corrida da semana seguinte na Hungria”, denuncia Ana Laura, outrora “assustada, mas já conformada com esta maneira de pensar dos pilotos”.
A má impressão não foi suficiente para estragar a “simpatia mútua” que sentiram naquele dia. Era a faísca do amor… Bruno deu o primeiro passo e o namoro avançou. Acelerou, melhor escrevendo, como naquela edição das míticas 24 horas de Fronteira, em que um dos pilotos mais experientes da nossa praça entregou a navegação do carro… à sua cara metade. Logo ele que soma tantas conquistas nos ralis nacionais como proezas lá por fora. Só no ano passado, ao volante do Nissan Navara do Azores TT Team, venceu a Categoria T2 da mítica Baja de Portalegre, já depois de ter sido vicecampeão na Baja Northern Forest, disputada na Rússia.
“A Ana Laura esteve muito bem! Ainda não sei se o fez por orgulho, ou se foi mesmo por vontade dela”, brinca Bruno, que ainda hoje acredita que a namorada “fechava os olhos nas alturas do aperto”. Record não se atravessa nem por um nem por outro, mas, avaliando pela vontade dela, a coisa vai apertar é para o lado dele… “Se eu voltava a meter-me numa destas? Voltava e hei de voltar! Seria até engraçado trocar de lugar com o Bruno. Eu a conduzir e ele a navegar”, desafia Ana Laura. *