Record (Portugal)

PAIXÃO NO DESPORTO

Em dia de São Valentim, Record conta-lhe a história de três romances escritos pela paixão comum pelo desporto

- ANTÓNIO ADÃO FARIAS

Quando se conheceram, nem imaginavam que ambos jogavam no clube que deu Pelé ao Mundo. “Estava sentado na igreja quando a vi entrar pela primeira vez. O meu coração acelerou…”, confessa Gauther Martins. “Quando o vi, nem sabia que ele era guarda-redes do Santos, o mesmo clube onde eu jogava. O coração disparou, coisa de Deus mesmo!”, exalta Suzane Pires.

“Ele deu o primeiro passo” numa rede social e a coisa ficou séria. “Começou com uma grande amizade”, revela Gauther, declarando “amor infinito” à companheir­a. Se o futebol fortaleceu a união, também contribuiu para uma dolorosa separação, quando o guardião veio para a Madeira e a avançada ficou retida no Brasil. Era o destino a fazer das suas… “Por incrível que pareça, foi através dela que eu vim jogar para Portugal”, garante ele.

O plano era simples, mas saiu furado. “A separação física foi muito difícil porque tínhamos planeado que ele vinha para cá, eu ia jogar o Europeu por Portugal, e rescindia depois com o Santos para vir também”, recorda esta brasileira, internacio­nal portuguesa graças à raiz lusitana de seu avô paterno. “O meu treinador pediu-me para fazer só mais uns jogos até dezembro. Logo no primeiro, rompi o ligamento cruzado anterior do joelho direito... Fiquei sete meses parada, longe dele e dos relvados, foi o período mais difícil da minha vida”, recorda, fechando o sorriso. Debelada a lesão, Suzane me-

teu-se no avião e só parou no Funchal, para vestir a camisola do Marítimo, que levou a melhor sobre o Sp. Braga graças à ajuda de um guarda-redes do… Nacional. A saudade era tanta que Suzane nem teve tempo para a estreia em jogos oficias. Num particular caseiro e bem amigável, guarda-redes e avançada assinaram a jogada mais bela das suas vidas. “Já estamos no 7º mês da gravidez”, revela a pré-mamã, como se fos- se possível não reparar no “barrigão” dela. E agora? Goleiro como o pai ou atacante como a mãe? “Um dia vou passar-lhe uma bola: se ele meter o pé, vai ser jogador; se agar- rar com a mão, vai… pegar num caderno e na caneta e vai estudar! Para sofrer, basta o pai”, dispara o guarda-redes Gauther, sem evitar a gargalhada. *

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A CAMINHO. Suzane está grávida de sete meses

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