Record (Portugal)

APADRINHAD­O POR PORTUGAL

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Após afirmar-se e cimentarse com o símbolo do Valencia ao peito, Ricardo Arias conseguiu chegar à seleção espanhola. Embora tenha sido internacio­nal em apenas uma ocasião, esta foi conseguida diante de... Portugal. A 26 de setembro de 1979, o defesacent­ral, na altura com 22 anos, envergou a camisola de La Roja em Vigo, num encontro que terminou empatado a um golo. Mas afinal quem é Ricardo Arias? Por esta altura, deve estar a tentar encontrar respostas para esta pergunta. Nós poupamos trabalho. Para além de ser o segundo jogador do Valencia com mais jogos (501) pelo clube, apenas atrás de Fernando Gómez (552) e à frente de David Albelda (472), o ‘Beckenbaue­r espanhol’ vestiu as cores do Valencia durante 16 anos (1976-1992), tendo pendurado as chuteiras em 1993 no vizinho Castellón. Assertivo em termos defensivos e pouco aventureir­o em terrenos mais adiantados - marcou só um golo na 1ª Divisão -, Arias estava na equipa que foi despromovi­da à 2ª Divisão em 1985/86. Porém, foi um dos líderes que conduziram à promoção logo no ano seguinte. Foi ainda crucial na conquista de três troféus sucessivos - Taça do Rei (1978/79), Taça das Taças (1979/80) e Supertaça Europeia (1980) –, um dos motivos que o levaram a carregar a braçadeira de capitão nos últimos anos. “São tantas partidas disputadas, tantos momentos guardados. Bons e maus. Mas o que levo para a vida é o facto de ter sido jogador do Valencia. De me ter retirado depois de 16 anos a envergar esta camisola. Para mim, como valenciano, foi um orgulho tremendo”, conclui Arias. *

“O QUE LEVO PARA A VIDA É O FACTO DE TER SIDO JOGADOR DO VALENCIA. PARA MIM, FOI UM ORGULHO TREMENDO”

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MESTRE. Arias com o técnico Di Stéfano, em 1986/87, na 2.ª Divisão

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