CONTRA A CORRENTE
Num tempo de domínio dos SUV/Crossover, monovolume da marca francesa quer afirmar-se
As tendências atuais do mercado não enganam quanto ao crescente domínio das configurações SUV/Crossover (já representam 32% do segmento C em Portugal), mas a Renault tem argumento de peso contra a corrente. Chama-se Scénic e chega agora ao nosso país na configuração de 5 lugares para fazer companhia à versão de 7 lugares e que só estava disponível com uma única motorização. Esta entrada em cena do Scénic explica-se de forma simples: a nova regulamentação das portagens permite que o modelo seja taxado como Classe 1 (utilizando a Via Verde) e há nova geração de motores TCe com filtro de partículas e já adequados à norma WLTP [ver outra peça nesta página]. A estes fatores de ordem prática juntam-se outros não menos importantes e que podem justificar a aposta num monovolume compacto que entrou na 4ª geração. A estética é um desses fatores. O Scénic (tal como o irmão mais crescido) foi redesenhado e as linhas, sugerindo pujança, conferem-lhe identidade muito própria e que tem nas enormes jantes de 20 polegadas um dos pontos em destaque. “É possível estar na moda sem andar na moda”, diz a comunicação da Renault – procurando assim distanciar-se da já referida tendência ‘crossover’.
Os trunfos deste modelo, que tem adversários como o Opel Zafira, Mercedes Classe B ou BMW Sé- rie 2, persistem intocáveis no interior. Espaçoso, versátil e com algumas soluções engenhosas, como a hipótese de fazer deslizar a consola central – servindo assim os ocupantes dos lugares traseiros. Sem surpresa, o Scénic está dotado das mais recentes tecnologias presentes em outros modelos Renault. Falamos do sistema RLink2 (agrega informação, navegação e entretenimento num enorme ecrã tátil), ou do sistema Multisense, que permite escolher até cinco modos distintos de condução. A segurança e as ajudas à condução também marcam forte presença, aqui merecendo especial referência a novidade da travagem de emergência com deteção de peões. Há ainda hipótese de escolher motores diesel – o novo 1.7 Blue dCi com dois níveis de potência: 120 cv e 150 cv –, mas as estrelas são as opções a gasolina – três e todas retiradas do bloco 1.3 TCe com filtro de partículas. *