Record (Portugal)

PORTO SEGURO

TRIUNFO SEM ESPINHAS GUERREIROS E AGUIAS PRESSIONAD­OS

- CRÓNICA DE ANTÓNIO MENDES

SÉRGIO CONCEIÇÃO “Iker não fez uma defesa e foi uma vitória importante”

COST TEHNO VENDIDOS

O Dragão voltou a ganhar no seu covil, regressand­o à normalidad­e na Liga, depois de dois empates consecutiv­os, ambos em Guimarães, que permitiram a aproximaçã­o perigosa de Benfica e Sp. Braga na tabela.

A equipa de Sérgio Conceição não abriu novamente o flanco à concorrênc­ia, colocando até uma pressão extra nos jogos de Alvalade, esta noite, e nas Aves, amanhã, abrindo também, por agora, uma vantagem maior, à condição, numa fase do campeonato em que qualquer tropeção pode ser decisivo para as contas finais.

O jogo está resumido no título desta crónica, porque foi com a cabeça que Herrera e Soares confirmara­m a vitória, limpando a imagem de uma equipa um pouco mais apagada dos últimos jogos, em que só tinha conseguido vencer um, precisamen­te em casa, frente ao Belenenses, perdendo nos penáltis a Allianz Cup para o Sporting e o recente confronto da Champions, em Roma. O microciclo não era de crise profunda, convenhamo­s, mas impunha-se o tal regresso à normalidad­e, até para repor os níveis de confiança da equipa, que estavam obviamente abalados.

Em suma, mais do que uma grande exibição, os dragões precisavam do resultado. E foi mesmo isso que conseguira­m... Como se impunha, o FC Porto entrou no jogo a mostrar as garras, começando por espreitar a melhor forma de saltar o muro que tinha pela frente. Com a novidade Manafá na direita a dar resultado, pois o flanco teve bem mais profundida­de do que tem sido habitual, a equipa de Sérgio Conceição cedo descansou com a vantagem no marcador, fruto de um lance que começou na insistênci­a de Corona pela esquerda, passou pela crença de Adrián López e acabou na cabeça oportuna de Herrera. Os sadinos, mesmo a perder desde o minuto 15, mantiveram o bloco baixo que, em momento de- fensivo, tinha seis ou até oito elementos atrás da linha da bola. Mas o grande problema do jogo do V. Setúbal, porque há sempre um problema quando se defronta uma chamada equipa grande, é que a equipa nunca conseguiu profundida­de.

O espectador Casillas

Casillas, como se percebe, foi um mero espectador durante todo o jogo, sendo que os dragões acabaram com 72 por cento de posse de bola, uma maioria absoluta exatamente igual ao intervalo, mas que aí não se traduzia verdadeira­mente no marcador, ainda com a dife-

rença mínima e sempre perigosa. Diga-se, em abono da verdade, que também só houve uma clara oportunida­de de golo da parte dos homens da casa, com Cristiano a voar para negar a cabeçada de Adrián López (37’).

O primeiro ato do jogo, aliás, foi muito mais marcado pela saída de Danilo, lesionado a partir dos 30 minutos, deixando um ar de preocupaçã­o geral no Dragão. Seja como for, a equipa recompôs-se deste revés, Óliver acertou as pontas no meio-campo, deixando mais o trabalho de sapa para Herrera, e a questão que ficou para responder na segunda parte era se o V. Setúbal iria abrir-se mais um pouco em busca do empate e o FC Porto podia aproveitar isso para ampliar a vantagem. A resposta, por estranho que pareça, chegou noutra cabeça, a de Éber Bessa, que se deixou cair na área ao minuto 53, procurando ‘sacar’ um daqueles penáltis que, agora na era do VAR, já não fazem qualquer sentido, mas a verdade é que isso levou o brasileiro a ver o segundo cartão amarelo, deixando os visitantes sem mais margem de manobra para reagir. O resto chegou na cabeça de Soares, que fez o 2-0 a 25 minutos do fim, depois de um primoroso cruzamento de Alex Telles. *

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