Record (Portugal)

“Pressão faz parte da cultura do Sporting”

Admite ser “difícil” arranjar explicaçõe­s para a má forma, mas não sente lugar em risco

- RICARDO GRANADA

Marcel Keizer e o Sporting terão hoje pela frente um dos jogos mais importante­s da época, não só pela importânci­a de não deixar fugir o Sp. Braga (ainda mais) na classifica­ção, como também pela própria segurança de trabalho do técnico holandês. Com efeito, 2019 tem provado ser um ano cheio de buracos no caminho dos leões, que nos últimos dez jogos contam com apenas três vitórias, para além de quatro empates e três derrotas, a última diante do Villarreal, na Liga Europa. A despeito do registo claramente negativo, Keizer não sente a sua posição em perigo, encarando a pressão que daí advém como algo... natural. “Lugar em risco? Antes de um jogo não falamos em ‘se’ isto ou ‘se’ aquilo. Sei que somos uma equipa com pensamento positivo e um bom espírito. É assim que vamos jogar. A pressão faz parte da cultura do Sporting, existe sempre. É um clube muito grande e num clube grande como este precisamos de ga- nhar”, sublinhou o holandês, de 50 anos, confiante que os jogadores partilham da sua visão, ainda que com os índices anímicos mais baixos. “Os jogadores estão bem. Quando és um grande jogador é preciso existir essa pressão, para assim jogares bem. Eles querem estar nos grandes jogos. Estarão em forma amanhã [hoje], preparados para o Sp. Braga. Vamos lutar por um bom resultado”, garantiu.

Em busca de respostas

Como era expectável, a má forma do Sporting dominou a conferênci­a de antevisão do duelo com o Sp. Braga. Questionad­o sobre a queda abrupta dos leões em termos exibiciona­is e de resultados, Keizer admitiu que tem sido complicado encontrar a raiz do problema. “Explicaçõe­s? É difícil de dizer... Sabemos que na nossa equipa há muita qualidade e que os jogadores a têm de demonstrar. Temos de lutar e ter a certeza de que apresentam­os o espírito certo em campo”, apontou, recordando o grande fulgor da equipa aquando da sua chegada, no final de novembro, e nas partidas que se seguiram. “Às vezes fica tudo mais fácil, como há algumas semanas. Agora é um pouco mais difícil...”, atirou. Para além dos pontos em disputa, a própria relação entre a equipa e os adeptos, que ‘sacaram’ dos lenços brancos no jogo com o Villarreal, está também ela em causa. No entanto, o treinador acredita que as duas partes estarão hoje “em sintonia”. *

“ANTES DE UM JOGO NÃO FALAMOS EM ‘SE’ ISTO OU ‘SE’ AQUILO. SEI QUE SOMOS UMA EQUIPA COM BOM ESPÍRITO” “[OS JOGADORES] QUEREM ESTAR NOS GRANDES JOGOS. ESTARÃO EM FORMA E PRONTOS PARA O SP. BRAGA”

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