“Este ano talvez não haja nem pódios nem vitórias”
MIGUEL OLIVEIRA PEDE CALMA
Piloto quer ganhar no MotoGP, mas precisa de tempo para singrar na classe rainha
A três semanas do arranque do Mundial de motociclismo, Miguel Oliveira dirigiu-se aos portugueses, principalmente aos que estão com elevadas expectativas, para pedir calma na temporada de estrada na classe rainha do Mundial. “Aqueles que pensam que vou começar já a ganhar em MotoGP não percebem bem o universo desportivo em que estou inserido. As expectativas têm de ser controladas. Vai ser um ano em que, provavelmente, não vai haver pódios ou vitórias, vamos ter de ir passo a passo, e levar as coisas com calma. Os portugueses têm de pensar da mesma forma e só posso pedir que tenham calma”, sublinhou o piloto de Almada, ontem, à margem da cerimónia de renovação de patrocínio da Cofidis, que apoia pelo terceiro ano a Oliveira Cup. Calma tem para já Miguel Oliveira quando está muito perto da estreia no MotoGP (10 de março no Qatar), com a equipa Tech3 KTM. “Não me sinto nervoso, antes com muita vontade de que comece o campeonato”. Até porque a evolução dos primeiros testes da nova temporada, de novembro (em Espanha), para os terceiros, este mês, na Malásia, foram notórios. “Os testes em Sepang correram muito bem, e esta semana parto para o Qatar com os olhos postos em desenvolver a moto, experimentar novas soluções... Estamos cada vez mais competitivos, cada vez mais à vontade com a moto e espero que estes testes sejam positivos para perceber ainda qual é a capacidade de performance da moto em corrida. A equipa está a trabalhar bem, eu também, encontro-me bem fisicamente, que era algo que me preocupava, estou muito motivado.” Tudo é diferente no MotoGP? “Sim, o ‘Mundo’ em si exige mais entrevistas [risos], a moto tem-se revelado mais exigente ao nível físico, acelerações, travagens...”
“VAI SER UM ANO EM QUE PROVAVELMENTE NÃO VAI HAVER PÓDIOS OU VITÓRIAS”, FRISOU O PILOTO DA TECH3 KTM
Deixar rivais nervosos
Miguel Oliveira abordou também a relação que agora começa com os adversários, como Valentino Rossi, Jorge Lorenzo e Marc Márquez. “Espero que quando se cruzarem comigo fiquem nervosos. São adversários. É lógico que o facto de dizer isto não apaga o respeito e admiração que tenho por eles, mas dentro de pista não penso ficar atrás deles só porque os respeito”, destacou. *