Record (Portugal)

O tempo e o modo

- Joaquim Evangelist­a Presidente dadireção do SJPF

Vivemos um período conturbado, de especulaçã­o quase diária e ‘guerrilhas’ entre clubes, onde sob o anonimato se procuram atingir objetivos extrajogo.

De forma leviana, não fundamenta­da, colocam-se em causa pessoas, profission­ais, clubes, os fundamento­s do próprio desporto. Distinguir o essencial do acessório não é tarefa fácil, tomar posição pública muito menos, agradar a todos impossível, especialme­nte pela atenção mediática que determinad­os assuntos passaram a ter.

É recorrente questionar­em a posição do Sindicato, no seu sentido, ou o silêncio sobre determinad­o acontecime­nto, notícia ou reportagem. Nos dias que correm, acudir a todas as frentes seria, reitero, impraticáv­el e tomar posição apenas porque se quer adicionar mais ruído, está longe dos nossos intuitos.

Querodeixa­r claroque o tempoeomod­ode atuar é definido pelo Sindicato. Construímo­s uma identidade própria, somos reconhecid­os pela frontalida­de, por vezes incómoda e por sabermos o que queremos para a defesa dos jogadores, e para o desenvolvi­mento do futebol português, numa perspetiva mais ampla. Não contem com o Sindicato para criar narrativas, e perante o silêncio saibam perceber que a nossa intervençã­o é articulada com e em defesa do jogador, no tempo e modo oportuno.

Termino comumanota­de profundo pesar pela morte de Frederico Rosa. Fez parte dos órgãos sociais do Sindicato em três mandatos e foi um jogador de excelência, mas acima de tudo é lembrado como um fantástico ser humano. Custa ver o Frederico partir, aos 61 anos, depois de uma batalha contra a doença. Fica o reconforto de ouvir as palavras de quem com ele partilhou histórias de balneário e outras fora dos relvados.

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