O encanto dos 60
Benfica está uma máquina afinadíssima. Os golos sucedem-se (vão 60 no campeonato!) e as vitórias também. As exibições são de encher o olho e de nada vale descobrir outras razões (sobretudo aquelas que lançam suspeitas abjetas que põem em causa a dignidade de qualquer atleta) que não seja o mérito, o talento, a competência e a qualidade dos jogadores e do trabalho que tem sido feito para justificar aquilo que está à vista de todos. O Benfica vende saúde – física e moral – e isso tem muito a ver com um determinado estado de espírito e uma evidente dinâmica de vitória. Ponto final.
Liverpool-Bayern soa a duelo mítico, mas se lhe dissermos que os dois gigantes apenas disputaram duas eliminatórias (uma da Taça dos Campeões e outra da Taça das Taças) e uma final da Supertaça, certamente ficará admirado por tão escassos encontros. É verdade, os sorteios capricharam noutros cruzamentos e o rival germânico histórico do Liverpool foi o Borussia M’Gladbach. Os dois embates com o Bayern aconteceram em 1971 e 1981 (António Garrido apitou um deles) e o último jogo data de 2001. Há um ror de anos que esperamos pelo reencontro. Em campo estará gente para honrar os nomes de Maier, Beckenbauer, Müller, Hoeness, Breitner, Clemence, Hughes, Keegan, Souness, McDermott, Dalglish. Que noite fantástica nos espera!