BRUNO LAGE PROTEGIDO CONTRA OS TUBARÕES
Benfica blinda técnico com valor recorde em Portugal, onde não há tradição nestes contratos
A alteração do contrato de Bruno Lage com o Benfica agitou a semana futebolísticas. Além da revisão do vencimento do treinador, o aspecto mais mediático foi o valor da nova cláusula de rescisão, fixada em 20 milhões de euros. Um número recorde em Portugal, superando o de Vítor Pereira no FC Porto (18 milhões), num país onde não há grande tradição nestes pormenores dos contratos. Quem quiser resgatar o novo treinador principal das águias terá de pagar 20 milhões de euros, mais 7,5 milhões do necessário para levar Abel Ferreira de Braga e o dobro do que é preciso pagar para libertar o sportinguista Keizer. Em relação ao FC Porto, não é público o valor da cláusula de rescisão de Sérgio Conceição.
Record questionou os clubes da Liga NOS e as respostas confirmaram essa tendência de não haver a preocupação de blindar os treinadores [ver quadro]. Mais, alguns dos clubes não quiseram revelar os valores das cláusulas mas, segundo um agente FIFA com quem falámos – que preferiu manter o anonimato – “a maioria dos clubes não coloca cláusulas nos contratos dos treinadores. Se vos disseram que era confidencial ou que não divulgavam é porque, muito provavelmente, não existe. Dizem isso para se defenderem, para não lhes ‘roubarem’ o treinador”. Em Portugal, o mais comum é haver acordo entre clubes para a transferência de um treinador. Mesmo quando há valores escritos, o mais natural é os clubes acabarem por fazer o negócio por um preço mais baixo. A exceção, recentemente, aconteceu com o V. Guimarães a pagar 500 mil euros ao Chaves por Luís Castro. * VALORES NA LIGA NOS