Record (Portugal)

“BRUNO FERNANDES É MEIA EQUIPA DO SPORTING”

Médio croata do Marítimo, de 26 anos, estará hoje atento ao número 8 dos leões e não ‘compra’ o empate, pois foi educado para ganhar sempre no Hajduk Split. Além disso, não tem dúvidas: sócios e adeptos merecem um Marítimo melhor

- GONÇALO VASCONCELO­S

O Marítimo vai receber o Sporting depois da vitória sobre o Belenenses. É um bom momento para defrontar os leões? VUKOVIC – Cada jogador tem a sua opinião sobre o momento da equipa e é difícil dizer que não está num bom momento. Ainda espero que possamos subir mais na tabela nos doze jogos que nos faltam. Este clube, o presidente, os sócios e todos os que adoram o clube merecem um Marítimo melhor. Temos qualidade e acredito que, nesta reta final da temporada, podemos atingir uma melhor classifica­ção e, na próxima, subir mais um degrau para os lugares a que habituámos os nossos adeptos.

O que aconteceu esta época para o Marítimo estar a lutar pela permanênci­a? V – É difícil dizer. Esta é a minha primeira época no clube, não sei o que se passou antes, mas sei que o Marítimo está sempre entre as oito melhores equipas da Liga. Talvez a entrada do novo treinador esta época, com novas rotinas e outro sistema tático, não sei… Nas primeiras jornadas conseguimo­s logo três vitórias, mas depois tudo começou a correr mal e, após cinco ou seis derrotas, torna-se mais difícil recuperar e voltar ao ritmo normal. Com Petit recuperámo­s a confiança e começámos a ganhar, mas depois três derrotas consecu- tivas tornaram as coisas mais difíceis. Esta vitória com o Belenenses foi importante e esperamos manter o ritmo com o Sporting. Será um bom teste para este Marítimo?

V – Vai ser duro, mas perante os nossos adeptos, no nosso estádio e com a confiança que ganhámos agora, estou seguro de que podemos fazer um bom jogo. O Sporting deve vir desgastado dos dois jogos com o Villarreal e antes com o Sp. Braga. São humanos e não robôs, pelo que teremos boas chances. Bruno Fernandes é o maior perigo deste Sporting?

V – Sem dúvida! Já o conhecia pois vi-o jogar em Itália pela Sampdoria. É um grande jogador, de quem gosto bastante. Meia equipa do Sporting é ele! Também defende bem e no ataque é impression­ante. Temos de ter cuidado para não lhe dar espaço, mas repito: ele é hu- mano e se estivermos no lugar certo, bem posicionad­os, penso que podemos travá-lo. Um empate já seria um bom resultado ou não pensa assim?

V – A minha mentalidad­e nunca aponta para um empate. Venho da escola do Hajduk Split, onde fui ensinado desde os sete anos a pensar que vou ganhar sempre, até contra o Real Madrid. Para mim, um empate não é opção. Temos de ser realistas: neste momento, tal- vez o empate seja um bom resultado para nós, mas vamos jogar para ganhar, como sempre.

Só começou a jogar como titular em outubro e antes passou mesmo pelo Marítimo B. Precisou de algum tempo para se adaptar? V – Os primeiros tempos não foram fáceis, sem família, sem namorada, sem amigos e com uma língua bem diferente. Não posso dizer que merecia jogar mais cedo. Quando vi que não era opção nos primeiros jo-

gos, pedi ao míster Cláudio Braga que me desse oportunida­de de jogar na equipa B, para ganhar ritmo e mostrar-me ao treinador. E tudo correu bem, pois ele deu-me uma oportunida­de na Taça de Portugal contra o Moura, onde marquei o penálti decisivo. A seguir fui titular contra o Moreirense e joguei sempre até hoje. A crítica tem sido positiva e fico feliz pelo reconhecim­ento dos adeptos e por ser um jogador importante. *

“TEMOS QUALIDADE E ACREDITO QUE NESTA RETA FINAL DA ÉPOCA PODEMOS ATINGIR UMA MELHOR CLASSIFICA­ÇÃO”

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