MATHIEU DÁ GARANTIAS FÍSICAS AKEIZER
RECUPERADO E COM REFORÇO MUSCULAR
SAD TEM SALDO POSITIVO DE 6,4 M€ REGRESSO DE BRUNO FERNANDES CUSTOU 1,6 M€
A SAD do Sporting registou um lucro de 6,45 milhões de euros no primeiro semestre da temporada 2018/19 - valor inferior quando comparado aos 10,1 milhões do período homólogo da época anterior - naquele que foi o primeiro exercício desde que Frederico Varandas foi eleito presidente dos verdes e brancos. De acordo com o Relatório e Contas ontem enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o saldo positivo justificase com as vendas de jogadores no passado mercado de verão, nomeadamente William (20 milhões, para o Betis), Piccini (8 milhões, para o Valencia) e Patrício (18 M€, para o Wolverhampton). O ‘bolo’ total neste campo ascende a 44 M€. Para além das transações, os leões informaram que este lucro é também “suportado pela participação na fase de grupos da Liga Europa”. No âmbito global, a SAD fechou o primeiro semestre com um volume de negócios de 89,2 M€, explicado pelo “aumento do rendimento” com as referidas transações em 7,6 M€. No entanto, os rendimentos e ganhos operacionais decresceram 8,7 M€ devido à “redução do prémio de participação e performance das competições organizadas pela UEFA, dado que na corrente época a SportingSAD disputou a Liga Europa quando na época anterior disputou a Liga dos Campeões”.
NO PERÍODO ENTRE JUNHO E DEZEMBRO DE 2018, COMISSÕES ‘DISPARARAM’ EM QUASE 7 M€ (17,373 M€ PARA 24,307 M€)
A este propósito, na rubrica referente aos gastos operacionais registou-se uma diminuição de 561 mil euros, suportado pelo decréscimo de quase 2 M€ (1,85€) em gastos com pessoal, possíveis devido às saídas de alguns quadros, em concreto jogadores e treinadores.
Comissões dispararam
Nas transferências, para além do ‘resgate’ de Bruno Fernandes [ver peça ao lado], aponta-se um aumento no valor despendido em comissões. Com efeito, no âmbito dos “outros fornecedores com valores a pagar de aquisição de jogadores e outros serviços”, no período entre junho e dezembro de 2018, as comissões a pagar a empresas de intermediação subiram quase sete milhões de euros (17,373 M€ para 24,307 M€). No pódio dos principais credores surgem a Positionumber, Lda, a Stellar Group Limited e a Socas Investment, Lda.
Capitais próprios negativos
Outro aspeto relevante no docu- mento enviado pela sociedade à CMVM prende-se com os valores apresentados no ativo total e no passivo global: no primeiro registase um aumento de 769 mil euros relativamente ao exercício anterior, fechado a 30 de junho de 2018, pelo que agora se fixa nos 270 milhões; por sua vez, no segundo nota-se uma redução em 3,4 M€, para os 279 milhões de euros.
Isto significa que, na prática, a SAD mantém-se no ‘vermelho’, ou seja, ainda em situação de falência técnica. Isto porque os capitais negativos rondam ainda os 9 milhões de euros (9,082). *