“Honra representar Portugal”
PORTUGUÊS SOMOU A SUA 11.ª MEDALHA Nelson Évora confessou ainda ter ficado rendido à classe do jovem campeão Nazim Babayev
Nelson Évora já se habituou a tantas idas ao pódio que revelou uma satisfação moderada mas ao mesmo tempo consciente em face das condições em que participou no Europeu, onde arrecadou a medalha de prata. “Não foi o melhor concurso para mim. Tentei ser o mais competitivo possível, tentei fazer um bom salto, embora o melhor tenha sido um que fiz para marcar, nem tinha a certeza se era nulo ou não. Saio satisfeito na mesma com esta medalha de prata, e seja qual for a cor é sempre uma honra representar da melhor forma as cores de Portugal”, disse à Lusa o atleta que passou a representar o Sporting no final de 2016, a seguir aos Jogos no Rio. Nelson, que vai completar 35 anos em abril, ficou rendido à classe do medalha de ouro, Nazim Babayev, do Azerbaijão. “Ele foi melhor do que eu. É um atleta que promete fazer saltos deste género há algum tempo. É jovem e com fome de medalhas. Após a qualificação, falámos um bocadinho e viu-se que estava bem. Surgiu aqui um pouco como eu, quando ganhei o primeiro título, mas naquela altura era mais difícil, pois o lote de atletas era grande. Mas eu continuo a ter também essa fome de medalhas”, frisou o pupilo do cubano Ivan Pedroso, que con-
DEPOIS DE UM PERÍODO DE FÉRIAS, NELSON VAI FOCAR-SE NA PREPARAÇÃO PARA O MUNDIAL DE DOHA, EM SETEMBRO
quistou a 11ª medalha da carreira em grandes provas.
Curtas férias
Agora segue-se umas curtas férias e depois o foco será o Mundial em Doha, no final de setembro, onde Nelson tem a noção que é preciso fazer saltos a rondar os 17,70/17,80 metros para discutir a entrada no pódio. Para isso vai experimentar outras formas de abordar o salto para estar ao nível dos melhores. “Acredito que isso vai acontecer e pretendo estar muito forte neste verão. Nós, europeus, temos sempre de fazer duas épocas no mesmo ano. Temos sempre um Mundial e Europeu.” *