Record (Portugal)

Chamar os responsáve­is

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Benfica virou no Dragão, foi a melhor equipa em campo e sejam quais forem as narrativas, a equipa da Luz saiu líder da Invicta por mérito próprio e sem ajudas de terceiros. Felizmente, em termos desportivo­s, não há questões a responder. Mas há coisas preocupant­es nesta visita do Benfica à cidade do Porto e um Estado de Direito devia preocupar-se com algumas coisas que acontecera­m. As mais graves, os foguetes disparados em redor do hotel do Benfica e o apedrejame­nto do autocarro encarnado.

Por muito que se tente diminuir estes dois factos, porque não houve vítimas a registar, eles não são de somenos importânci­a. O Ministério da Administra­ção Interna de um país a sério chamaria hoje ao Terreiro do Paço Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira. E dir-lhes-ia para trazerem consigo os belicosos Francisco J. Marques e Luís Bernardo. A conversa seria muito simples. Ou os dois clubes mudavam de comportame­nto ou o Estado usaria de todos os meios à disposição – e eles são muitos – para obrigar os clubes a cumprirem todas as leis e mais algumas, nem que fossem os estacionam­entos em redor dos estádio em dia de jogo. Razões óbvias. Já morreu um adepto no Jamor. Outro nas imediações do Estádio da Luz. Um dia uma destas pedras vai acertar num inocente. E o Estado será conivente de mais uma morte. Acordem antes de que seja tarde.

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