WILSON TALISMÃ NA HORA DECISIVA
Herói de Vila do Conde desequilibra balança. Quando marca com Abel a regra é a vitória
Wilson Eduardo é um verdadeiro talismã para Abel Ferreira. A sua estreia no banco como técnico principal, ainda na transição entre José Peseiro e Jorge Simão, ficou marcada por um triunfo em Alvalade com o selo do dianteiro. Desde aí, sempre que fez o gosto ao pé, o Sp. Braga nunca perdeu e a regra tem sido o triunfo, tal como ocorreu em Vila do Conde, palco onde o cenário chegou a parecer negro. O registo torna-se ainda mais impressionante quando são isolados os jogos do campeonato. Tendo festejado em 13 jogos, para um total de 16 golos, isso só não foi sinónimo de vitória no famigerado empate (3-3) contra o Santa Clara, nos Açores, onde uma liderança clara por 3-0 acabou comprometida. Todavia, para Wilson Eduardo, coloca-se o paliativo de ter sido substituído quando o Sp. Braga ainda ganhava, fruto de uma mexida tática de Abel Ferreira que não deu fruto, através da entrada de Palhinha para trancar o meiocampo e conceder maior estatura para as bolas paradas.
O certo é que o peso de ser um trunfo também tem um reverso da medalha. Wilson Eduardo levava nove jogos sem marcar para o campeonato, tendo a sua ajuda a concretizar feito falta, até porque vincou a sua importância noutras provas, como nos golos que deram o apuramento na Taça de Portu- gal, frente ao Aves. Para Abel Ferreira, o cenário ideal passa por Wilson, mais à direita ou no centro, continuar a dizer presente. *