Record (Portugal)

Discursos ocos

-

Em jornada de clássico no campeonato, assistimos a discursos fúteis de ‘fazedores’ de opiniões que teimam em não ter voz própria, com o único objetivo de ‘lamberem’ a mão do dono. As exigências feitas em uníssono na semana anterior ao jogo entre FC Porto e Benfica não foram ouvidas pelo Conselho de Arbitragem, que optou pela nomeação de Jorge Sousa, da AF Porto. As associaçõe­s em que os árbitros estão filiados são agora também ‘pesadelos’ para alguns ‘penetras’ do futebol português. As nomeações são feitas pela qualidade dos árbitros e não pelo poder das Associaçõe­s. Entendo agora a ‘eliminação’ de alguns árbitros que não ‘gravitam’ nas poderosas associaçõe­s, tendo o seu destino pré-traçado no fute- bol português. O que não ‘prestava’ na semana anterior é agora colocado no pedestal da arbitragem nacional simplesmen­te porque interessa. Jorge Sousa teve o mérito de passar despercebi­do, deixando o estrelato exclusivam­ente para os jogadores. Adotou um critério largo, benefician­do o espetáculo em detrimento da própria proteção, muitas vezes vista, em alguns árbitros, em verdadeiro­s espetáculo­s de ‘sinfonia do apito’. O critério utilizado foi corajoso, mas também abriu margem para as críticas de alguns ‘experts’ que, em lances semelhante­s, elogiam umas vezes e criticam outras sem percebermo­s bem as motivações. Um bom exemplo foi o golo de João Félix, que foi precedido de duas disputas de bola, em que o contacto foi visível, com o árbitro e o vídeo-árbitro a considerar­em ambas legais. Alguns ‘experts’ concordara­m com essa decisão, curiosamen­te em contradiçã­o com a opinião dada (pelos mesmos) no lance entre Óliver Torres e Gabriel nas meias-finais da Allianz Cup. Devemos ser ‘portavozes’ da nossa consciênci­a e não simplesmen­te ‘alugar’ o cérebro a opiniões alheias. *

24.ª

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal