Record (Portugal)

DÁ MESMO PARA ACREDITAR

- NORBERTO SANTOS

Nelson Évora e Pedro Pichardo podem fazer algo de inédito nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Apouco mais de 500 dias do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio’2020, o atletismo português tem, em teoria, possibilid­ade de fazer história. É que nunca houve dois medalhados na mesma prova desde o início da presença portuguesa nos Jogos, em 1912, em Estocolmo, e esse é o sonho do presidente federativo Jorge Vieira. “Gostava de ver os dois no pódio nos Jogos de Tóquio. Seria para nós um feito extraordin­ário. Se estiverem lá os dois, seria para nós a cereja no topo do bolo”, confessou Vieira, adiantando: “Quer um, quer ou- LUGARES MAIS PRÓXIMOS EM JOGOS NA MESMA PROVA tro deram sinais que são rivais, mas que são uma inspiração um para o outro. A rivalidade é positiva e pode alimentar um bom resultado.” É que não é nada fácil ter dois atletas a lutarem por uma ida ao pódio no mesmo evento. Os registos dizem isso mesmo. A me- lhor combinação aconteceu nos Jogos de Los Angeles (1984) em que houve nos 5.000 m uma medalha de bronze, por António Leitão, sendo Ezequiel Canário (que no início da corrida até funcionou como lebre) 9º classifica­do. Quatro anos mais tarde, em Seul (1988), Domingos Castro esteve dentro da corrida para uma medalha na légua. Acabaria em 4º lugar, mas José Regalo, um forte candidato ao pódio, desistiria devido a um problema num pé. Algo de inédito poderá acontecer em Tóquio. Pelo que tem acontecido até agora, dá mesmo para acreditar... *

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