Record (Portugal)

“SPORTING TEM ADEPTOS QUE SE SUPERAM”

- ANA PAULA MARQUES

“CONTRA O BENFICA, AS COISAS NÃO NOS TÊM CORRIDO BEM, MAS TEMOS EQUIPA PARA VENCER QUALQUER ADVERSÁRIO” O líbero dos leões, que já esteve em três finais europeias, acredita que não vai faltar apoio hoje nas bancadas do Pavilhão João Rocha, apesar de o jogo da 2.ª mão das meias-finais da Challenge Cup estar marcado para as 17 horas

O Hugo Ribeiro sabe o que é estar, não em uma, mas em várias finais de uma prova europeia, na altura num figurino de final four. [Venceu uma dessas finais com o Sp. Espinho, em 2001]. O que é que vai ser preciso, então, para o Sporting conseguir eliminar o Vero Volley Monza e chegar à final da Challenge Cup?

HUGO RIBEIRO – Sim, é verdade, já estive em três finais, duas com o Sp. Espinho e uma com o Castelo da Maia... O slogan do Sporting [Esforço, Dedicação, Devoção e Glória] é revelador do que vai ser necessário fazermos. Falta, talvez, um pouco mais de superação e claro o apoio de todos... Fizemos uma coisa difícil, que foi vencer fora a primeira mão, em Itália, e a partir de aí vamos ter de nos voltar a superar, agora aqui em Portugal. É difícil, porque se trata de um adversário que apostou muito forte nesta competição, vamos precisar, por isso, do apoio de todos...

+ Mas como é que se pede o apoio dos adeptos para o jogo de hoje diante do Vero VolleyMonz­a, com o jogo marcado para as 17 horas, a um dia de semana?

HR – O Sporting felizmente tem uns adeptos que se conseguem superar e quebrar várias barreiras por amor ao clube. Há exemplos na história do clube e tenho a certeza que os nossos adeptos vão marcar presença no nosso jogo, apesar da hora não ser a mais favorável.

+ Na primeira mão, o Sporting venceu por 3-2, mas a eliminatór­ia vai a meio. O objetivo no jogo de hoje em casa é evitar que a decisão chegue ao golden set?

HR – O nosso objetivo, como é apanágio do clube, é a superação e chegar à final. É por isso que aqui estamos e jogamos. Sabemos que vai ser extremamen­te complicado, precisamos de toda a gente bem, do apoio de todos. Depois, não menos importante, é saber lidar com a pressão de estarmos perto de um objetivo, mas vamos ter que o fazer. Nestas alturas, é saber gerir bem as emoções, jogar ponto a ponto, não podemos pensar muito à frente, foi assim que fizemos em Itália, e se voltarmos a fazer o mesmo, podemos então chegar a bom porto.

+ No campeonato nacional, e quando falta uma jornada para o fim da primeira fase, o Sporting já sabe que vai terminar no 2.º lugar, atrás do Benfica. Se as duas equipas forem à final do playoff, o Sporting, ao contrário do que aconteceu a época passada, não vai ter o fator casa a favor nos jogos que podem decidir o título. É um mal menor?

HR – Nós lutamos sempre para ficarmos em primeiro. É verdade que as coisas não nos têm corrido bem contra o Benfica, mas sabemos que temos equipa para vencer qualquer adversário, como estamos a demonstrar nesta prova europeia, principalm­ente em Itália. No playoff do título vai ser difícil, como também o seria se fosse ao contrário, ou seja, termos a primazia de jogarmos em casa. Mas é o que o campeonato ditou e vamos jogar nessa condi- ção. Vamos tentar reverter a situação, ou seja, evitar que a decisão do título nacional chegue ao 5º jogo, mas se lá chegarmos, é vencer. *

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HUGO RIBEIRO

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