Record (Portugal)

Um Porto à Porto

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FC Porto que foi derrotado no clássico teve pouco a ver com o FC Porto que Sérgio Conceição criou. Demasiado permeável à pressão, muito suscetível às circunstân­cias do jogo, pouco equilibrad­o no campo e… na cabeça. Não é o FC Porto que o treinador quer e muito menos será esse capaz de dar a volta à Roma. É preciso ter nervo, sim, mas na dose certa e usado da forma mais útil.

Com o Benfica, o dragão utilizou muitas das suas virtudes da forma errada. Foi dos jogos em que cometeu menos faltas (em menor número, nos últimos tempos, só em… Moreira de Cónegos), a maioria das que fez não foram imprescind­íveis e inevitávei­s. Assim como a vontade de ganhar foi doseada de forma irregular e teve momentos em que até chegou a ser descontrol­ada.

Aprende-se mais com as derrotas do que com as vitórias. É uma máxima sobre a qual a equipa portista deve refletir. Sérgio Conceição teve duas declaraçõe­s na projeção do jogo com a Roma que nos remetem para esses ensinament­os. Por um lado, salientou que a agressivid­ade ofensiva também deve ser vista quando a equipa tem de defender. Por outro, observou que não há pressa de ganhar. Inteligênc­ia emocional precisase. Só assim teremos um Porto à Porto, capaz de virar a eliminatór­ia e chegar aos ‘quartos’.

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