Record (Portugal)

Não ganhar na Volta a Portugal é a grande falha

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Todos os ciclistas portuguese­s sonham um dia vir a ganhar na Volta a Portugal. Fábio Silvestre não foge à regra e confessa mesmo que essa é a grande falha da sua carreira. “Faltou uma vitória na nossa Volta. Regressei a Portugal também por isso e não consegui. Andei lá a roçar quando vim cá com a Leopard, em 2013. Fiz um segundo lugar, dois terceiros e um quinto, mas nunca consegui ser o mais forte. É uma falha, claro”, admite o ciclista, que sempre idolatrou Alejandro Valverde e... Cândido Barbosa: “Ganhava muito, defendia-se bem nas subidas, mas nunca dava para ganhar. Merecia ter ganho uma Volta.” Fábio Silvestre voltou a Portugal para atacar a Grandíssim­a, mas esse não foi o seu principal motivo. “Já estava há muitos anos lá fora e já não ganhava tanto como quando lá cheguei. Sempre cumpri o que me pediram e saí bem de lá. Voltei porque queria passar mais tempo em casa”, garante.

Comboio da Trek

Com 21 anos, Fábio Silvestre assinou com a Leopard-Trek, que era conhecida como a equipa dos irmãos Schleck. A transição não foi fácil, mas correr ao lado de Fabian Cancellara, Jens Voigt ou Andreas Kloden ajudou na adaptação. “Via-os na televisão e parecia que eram imbatíveis. Mas percebi que também lhes conseguia pôr com dores de pernas”, lembra o antigo ciclista, que lembra uma tentativa falhada de acompanhar Cancellara num treino de contrarrel­ógio: “Eu bem tentei, mas era impossível. Era uma máquina!” *

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