“Mantinha a mesma ideia”
Aderrota do Benfica e a lesão de Seferovic não abalam a confiança do técnico na estratégia que tinha preparada para o D. Zagreb. Aliás, a entrada da equipa é, na óptica do treinador, o reflexo de que tudo podia ser diferente
que é pior, perder Seferovic ou não ter marcado golos?
– Vamos aguardar até segundafeira e estas eliminatórias são mesmo assim. Neste momento, estamos a perder, ainda não perdemos. –Esta derrota também é o resultado de algumdesgaste?
– O desgaste nunca esteve fora da equipa. Estou há muito tempo a falar de gestão da equipa. Esta derrota acontece pelo simples facto de não termos marcado golos. Sobre o jogo, que é o que gosto de falar, sentíamos que ia existir uma enorme pressão dos médios adversários. Um homem mais sobre o Gabriel e outro sobre o Florentino. O objetivo da inclusão de Krovinovic à esquerda e Gedson à direita era criar espaço entre linhas, manter largura sobre os laterais e manter uma dinâmica forte. A nossa entrada no jogo é muito boa. A partir de determinado momento, após a saída do Seferovic, perdemos ataque em profundidade. Deixámos de ter espaço entre linhas. Fomos corrigindo, fizemos duas alterações, procurámos médios com outra dinâmica, tentámos algumas situações emque estivemos perto. Não conseguimos procurar os espaços. A nossa ideia foi boa, pois o início foi muito bom. Surge um golo de penálti, mas numa competição destas as coisas estão em aberto. Aquilo que nos compete fazer é uma boa exibição na quinta-feira e seguir em frente. – Depois do jogo, manteria a mesmaideia?
– Tivemos um início muito bom e mantinha a mesma ideia. Tinha lógica. Não é porque as coisas correram menos bem que vou mudar. A primeira oportunidade é nossa e eu não mudaria nada das opções.
– Já pensou como vai fazer daqui paraafrente semSeferovic?
– Temos de perceber o que real- mente aconteceu. Há pouco falaram do desgaste e vamos falar disso. A lesão acontece num salto, há uma bola que se disputa no ar. É preciso perceber que não foi numa corrida. Jogámos no sábado e a equipa teve dias suficientes para recuperar. Se sentisse que estava em risco, não o colocaria.
–É o segundo jogo sem terem marcadogolos. Foramsurpreendidos? – Não. Vou dar mais um pequeno exemplo do que acontece. Nas laterais um jogo muito forte, em pés contrários, e num pequeno erro cometemos um penálti. Não é responsabilizar ninguém, é apenas para perceberem o que é a análise feita. Se tivéssemos feito o golo e defendido melhor, o resultado seria outro. *