Record (Portugal)

RICARDO HORTA DECIDE DÉRBI

PEDRAS E TIROS À CHEGADA DOS AUTOCARROS DOS ADEPTOS VITORIANOS

- ANDRÉ GONÇALVES

DÉRBI INTENSO MAS POUCO ESPETACULA­R VIMARANENS­ES FICARAM A QUEIXAR-SE DE UM PENÁLTI NÃO ASSINALADO PELO ÁRBITRO QUANDO PROCURAVAM O 1-1

Este dérbi do Minho dificilmen­te será recordado dentro de alguns anos. Foi muito intenso, é verdade, todavia, faltou grande dose de brilho ao espetáculo, que ficou decidido quando Ricardo Horta invadiu a área vitoriana para finalizar (34’), de recarga e depois de Miguel Silva ter defendido como podia um forte remate de Fransérgio.

Cedo se percebeu que o duelo entre os eternos rivais do Minho teria altos níveis de intensidad­e, pela forma como ambas procuravam chegar com assiduidad­e ao último terço do terreno, ainda que nem sempre com a clarividên­cia necessária para ferir o adversário. A primeira parte contou com períodos de maior iniciativa de uma e de outra equipa, com sinal mais por parte do Sp. Braga, que um pouco antes do 1-0 tinha visto Dyego Sousa ameaçar o golo. Ao Vitória faltou capacidade para explorar a profundida­de no seu processo ofensivo, de tal forma que as suas melhores oportunida­des surgiram na sequência de lances de bola parada, quase sempre por intermédio do central Osório, que chegou mesmo a obrigar Tiago Sá a aplicar-se ainda antes do descanso.

Esta realidade anteriorme­nte descrita prolongou-se ao longo do segundo período, também por mérito do trabalho defensivo do Sp. Braga. Se o plano inicial passava pela presença de Fransérgio bem perto de Dyego Sousa, a entrada forte do Vitória no segundo tempo levou o camisola 27 a recuar no terreno, tornando-se num terceiro médio. O que não o impediu de ser uma ameaça à baliza adversária, como se viu quando atirou com estrondo ao poste, aos 75’. O maior pragmatism­o arsenalist­a proporcion­ou mais um par de lances de perigo iminente, superiorme­nte resolvidos por Miguel Silva. Luís Castro mexeu na equipa no sentido de dar maior capacida- de ofensiva ao Vitória, que teve mais bola após o intervalo. E a entrada de Rochinha mexeu com o desafio: viu o árbitro negar-lhe um penálti – ouviu o VAR e mandou seguir... – e Tiago Sá antecipar-se quando poderia isolar-se e, quem sabe, fazer o golo do empate, já em período de descontos. O Vitória fica a 16 pontos do rival bracarense e não aproveitou a derrota do Moreirense. O Sp. Braga aproximou-se ao FC Porto, que joga hoje em casa do Feirense. *

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 ??  ?? SORRISOS. Ricardo Horta e Dyego Sousa festejam o único golo da noite
SORRISOS. Ricardo Horta e Dyego Sousa festejam o único golo da noite

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