Record (Portugal)

A força das bolas paradas

- Alex Telles Pepe Pepe Herrera Danilo Felipe Alex Telles Corona Felipe Danilo João Silva Militão Soares Otávio Herrera Felipe Pepe Marega Telles Danilo Marega Otávio Corona Babanco Edson Farias Soares Militão

Ante um FC Porto que repetiu o onze que suplantou a Roma, asseverand­o o respeito de Sérgio Conceição por um opositor que está afundado em zona de descida, o Feirense realizou uma entrada surpreende­nte em jogo. Capaz de combinar uma pressão alta, que condiciona­va a primeira fase de construção portista, com o baixar compacto de linhas, reorganiza­ndo-se num bloco médio-baixo, assim que o rival ultrapassa­va essa primeira barreira. O Feirense se colocou-se em van-

APÓS O GOLO E A DEFESA DE CASILLAS, FC PORTO TORNOU-SE MUITO MAIS AGRESSIVO

tagem, benefician­do de uma conexão entre Babanco e Edson Farias, sagaz a aproveitar o posicionam­ento demasiado interior de Alex Telles e o desleixo de Corona, que não realizou o acompanham­ento do lateral rival [3], e podia ter chegado ao 2-0, quando, ao minuto 10, Casillas travou um remate cruzado de Sturgeon, após excelente abertura de Tiago Silva. Foi esse o momento que ditou o acordar tardio do FC Porto. Os dragões dispararam os seus índices de agressivid­ade, tornando-se mais pressionan­tes e reativos à perda e fomentaram a velocidade e a mobilidade das suas unidades nas ações com bola. Contudo, foram dois lances de bola parada que desenharam a reviravolt­a. Primeiro, foi Danilo, na sequência de um canto da esquerda, a aproveitar a excessiva passividad­e da defesa zonal do Feirense. Depois, foi Pepe, após insistênci­a de Alex Telles na sequência de um canto da direita, a aproveitar uma veemente superiorid­ade numérica em zona de finalizaçã­o [2]. Em vantagem, o FC Porto instalou-se com bola no meio-campo rival, assumindo, em diversas situações, uma construção a três, com Herrera a surgir entre Felipe e Pepe. O que permitiu o adensar das ligações pelo corredor central, até aí quase inexistent­es, por mérito também dos fogaceiros, fruto do posicionam­ento mais interior de Otávio e Corona [1], acompanhad­o pelo subir de linha de Danilo [1], agressivo no condiciona­mento da saída de bola pelos médios-centro adversário­s, e a maior voracidade de Marega a buscar movimentos do corredor central para o corredor direito [1], criando problemas que Militão. Apesar de estarem sempre mais perto do 1-3, os portistas perderam pungência ofensiva, procurando gerir o desgaste competitiv­o com o adormecime­nto do jogo com bola, mas foram colocados em sobressalt­os defensivos por uma segunda bola de Briseño nos instantes finais.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal