ESPANTAR CRISE COM MÃO CHEIA
Do equilíbrio ao descalabro insular num estalar dededos... ficandotudo resolvido muito depressa
A VITÓRIA QUASE DOIS MESES DEPOIS LUCAS FERNANDES E AYLTON BOA MORTE ESTREARAM-SE A MARCAR E JACKSON MARTÍNEZ DESPERDIÇOU UM PENÁLTI
O Portimonense pôs fim ao seu pior ciclo da temporada (cinco derrotas e um empate) com um triunfo claro diante do Nacional, que poderia ter atingido uma expressão ainda mais penalizadora para os insulares, completamente à deriva em alguns momentos do jogo, em particular, na segunda metade da 1ª parte.
O equilíbrio marcou os momentos iniciais, com ocasiões - poucas, diga-se - repartidas, até Júlio César, ao tentar antecipar-se a Jackson Martínez, após cruzamento de Tabata, introduzir a bola na sua baliza. A partir daí, e até ao descanso, a defesa do Na- cional perdeu o norte e o Portimonense marcou por mais duas vezes (estreia de Lucas Fernandes e penálti convertido por Paulinho) e desperdiçou ainda um outro penálti, com Jackson Martínez a atirar ao lado.
Após o reatamento, o Nacional surgiu mais ousado e encurtou distâncias, mas o quarto golo, obra de outro estreante a marcar, Aylton Boa Morte, numa recarga, depois de um primeiro remate de Tabata, fez esmorecer de vez os insulares e o Portimonense voltou a comandar por completo o jogo. O guarda-redes Daniel Guimarães, que já estivera em destaque na 1ª parte, com várias intervenções de elevado grau de dificuldade, voltou a brilhar em vários momentos, mas foi impotente para desviar um remate de Jackson Martínez que tabelou em Rosic. E Lucas Fernandes ainda atirou a um poste, mesmo ao cair do pano...
Os algarvios, em jejum desde 20 de janeiro último (2-0 no Bessa, diante do Boavista) e que não ganhavam por uma diferença de quatro golos desde 24 de janeiro de 1988 (5-1, frente ao Rio Ave), espantaram a crise e ganham, de novo, considerável margem de folga sobre a zona de descida.*