OS PONTOS ALI TÃO PERTO
Miguel Oliveira chegou a rodar em 12.º, mas estreou-se em MotoGP com o 17.º lugar no Qatar
O sonho... é real. Miguel Oliveira, de 24 anos, tornou-se ontem o primeiro português a participar numa corrida de MotoGP e terminou o GP do Qatar no 17º posto, a dois lugares do desejado top 15 que o colocaria dentro dos pontos. O piloto português daKTM terminou na mesma posição da qual iria partir, não tivesse tido umproblema inicial com o motor, que o obrigou a passar pelabox e apartir dacaudada grelha. Oliveira fechou corrida a 16,377 segundos do vencedor, o italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que se impôs a Marc Márquez numa ponta final de corrida verdadeiramente emocionante, digna dos habituais duelos entre ambos. Dovi apresentouumapeçaaerodinâmica
AOS 24 ANOS, O PORTUGUÊS CUMPRIU O SONHO DO MOTOGP E MOSTROU QUE PODE ANDAR PERTO DAFRENTE
nova, que gerou queixas das outras equipas, mas a Dorna considerou a ‘novidade’ legal.
Apesar de ter ficado fora dos pontos, Oliveira mostrou ritmo de top 10. Miguel recuperou muitas posições ainda na primeira volta, até 15º, e a partir daí... foi ganhando confiança e subindo na classificação. Com o passar das voltas, o português foi ganhando posições, tendo mesmo chegado a ocupar o 12º posto na frente das duas KTM oficiais – do espanhol Pol Espargaro e do francês Johann Zarco – sensivelmente a meio da corrida. No entanto, Oliveira perdeu ritmo na segunda metade da corrida e quebrou bastante especialmente nas últimas três voltas, em que caiu até ao 17º posto, lugar em que terminaria a prova, já depois de ultrapassado, não só pelas duas KTM, mas também pelo espanhol Jorge Lorenzo, três vezes campeão do Mundo – na estreia na Honda foi apenas 14º – e pelo igualmente rookie francês Fabio Quartararo. “A corrida foi muito interessante. O motor parou quando estava na grelha de partida e tive de passar pelas boxes, acabando por partir em último. Ainda assim fiz uma boa partida e uma boa 1ª volta e comecei bem”, começou por confessar o almadense. Oliveira lamenta não ter conseguido cumprir o objetivo de pontuar e admitiu que o problema das últimas voltas teve a ver com o desgaste do pneu. “A sete ou oito voltas do fim, senti uma grande quebra no pneu, comecei a sentirme a escorregar e com muito vibração na traseira. Honestamente, cheguei a pensar que o pneu ia explodir. Não podia fazer mais. Estou desapontado, porque sei que poderia ter terminado nos pontos e isso não aconteceu. Foi muito difícil gerir a corrida, mas pelo menos estou satisfeito por ter terminado, diverti-me muito e reuni boas informações. Vamos apontar à próxima prova”. Apróxima prova é daqui a três semanas, a 31 de março, em Termas de Rio Hondo, na Argentina. * GP QATAR
A. Dovizioso (ITA) M. Márquez (ESP) Cal Crutchlow (GBR) Alex Rins (ESP) Valentino Rossi (ITA) 17.º M. Oliveira (POR)
Andrea Dovizioso (ITA) Marc Márquez (ESP) Cal Crutchlow (GBR) Alex Rins (ESP) Valentino Rossi (ITA) 17.º Miguel Oliveira (POR)
L. Baldassarri (ITA) Thomas Luthi (SUI) Marcel Schrotter (ALE) Remy Gardner (AUS) A. Fernandéz (ESP)
L. Baldassarri (ITA) Thomas Luthi (SUI) Marcel Schrotter (ALE) Remy Gardner (AUS) A. Fernandéz (ESP)
Kaito Toba (JPN) L. Dalla Porta (ITA) Aron Canet (ESP) Marcos Ramirez (ESP) Celestino Vietti (ITA)
Kaito Toba (JPN) L. Dalla Porta (ITA) Aron Canet (ESP) Marcos Ramirez (ESP) Celestino Vietti (ITA) 42.36,902m a 0,023s a 0,320s a 0,457 a 0,600s a 16,377s
39.56,109m a 0,026s a 3,123s a 2,125s a 2,305s
“O MEU SONHO TORNOU-SE REALIDADE. FIZ AMINHAPRIMEIRA CORRIDA DE MOTOGP. LUTEI COM O QUE TINHA”
38.08,887m a 0,053s a 0,174s a 0,505s a 4.095s