RECURSO EM ÁGUAS DE BACALHAU
Miguel Oliveira não acredita que as Ducati sejam desclassificadas para chegar aos pontos
Se a Ducati tivesse ganho por uns 20 segundos, talvez… Assim, acho que vai ficar em águas de bacalhau”. Quem o diz é Miguel Oliveira, piloto português da KTM que terminou o GP do Qatar em 17º lugar e seria um dos principais beneficiados se o tribunal de recursos da Federação Internacional de Motociclismo desclassificasse as motos da marca italiana, pois acabaria por subir duas posições e somar os primeiros pontos na sua estreia no MotoGP. Algo que o jovem piloto vai, então, procurar alcançar na Argentina, no dia 31. “Saio sempre de casa para ganhar, embora saiba que neste momento não é possível. Assim, o objetivo é o mesmo da corrida anterior: chegar ao fim e, se possível, dentro dos pontos”, apontou o piloto de Almada à margem da apresentação do seu livro “Next Level – 44 Curvas Para o MotoGP”, que decorreu numa grande superfície comercial daquela cidade.
No entanto, Oliveira garante que “se as circunstâncias o permitirem”, gostaria de lutar por uma vitória ainda nesta temporada, mas lembra que a sua equipa tem um longo caminho a percorrer. “Ainda não sabemos como iremos resolver os aspetos onde estamos a perder. Isto não é
PILOTO DE ALMADA ESTREOU-SE NA CLASSE RAINHA COM O 17º LUGAR NO QATAR. SE TIVESSE SIDO 15º, TERIA PONTUADO
uma ciência exata”, referiu. Sobre a estreia na categoria rainha do motociclismo, no domingo, e o facto de ser o primeiro português a disputar o campeonato, Miguel Oliveira garantiu que procura “relevar pensamentos retrospetivos”. “Quando estou na grelha de partida, sou apenas mais um. Apesar de ser marcante, procuro dissociar-me desse tipo de pensamentos para
não me atrapalhar”, explicou o piloto em resposta a um admirador, uma vez que a organiza-
ção resolveu abrir às perguntas dos admiradores o período que estava destinado à imprensa. *