O Brexit visto pelo futebol
isso. Para ter a certeza que recebe visto de trabalho, um futebolista tem de ter jogado 30% dos jogos da seleção nacional nos últimos dois anos, se esta estiver no top 10 da FIFA. Quanto mais fundo no ranking, mais alta a percentagem exigida.
Entreosexemploscitadosdejogadoresquepoderiamnunca terchegadoasolobritânico estão os de N’Golo Kanté e de Riyad Mahrez, que quando saíram do Caen e do Le Havre para o Leicester não jogavam regularmente nas respetivas seleções. Hoje, um está no Chelsea e o outro no Manchester City.
A SUPREMACIA DA PREMIER LEAGUE PODE SER UMA DAS BAIXAS DO BREXIT, SOBRETUDO SE ESTE ACONTECER SEM REDE.
Atarefapodetornar-seainda maisdesafiante para os clubes ingleses. O Brexit é uma manifestação de nacionalismo, de que o futebol é um símbolo. Apoderosa Football Association vê na saída da União Europeia uma oportunidade para restringir o número de jogadores ‘não criados’ em Inglaterra de 17para 12 por equipa.
ClaroqueaLigaestácontra, porque sabe que a capacidade para ir buscar o melhor talento disponível em todo Mundo é uma das suas grandes forças. E tem argumentos de peso: a Premier League tem espectadores em 189 países, os estádios recebem 700 mil turistas todos os anos, dá emprego a 12 mil trabalhadores e gera 3,3 mil milhões de libras em impostos, todas as épocas.
OBrexit enfraqueceráofutebol britânico, pelas mesmas razões que penalizará outras indústrias. Então se for sem rede…