Record (Portugal)

Chamem a polícia

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futebol português continua numa roda-viva.

Casos atrás de casos, denúncias em tribunal, denúncias por parte de responsáve­is dos clubes, tudo é alvo de suspeita. O clima que está instalado é de facto preocupant­e.

Quando era o adepto apenas a duvidar de um lance menos feliz por parte de um jogador ou um árbitro, a coisa ficavase apenas pela mesa de café.

Hoje, quando umadepto vai a umjogo, a sua principal preocupaçã­o já não se centra na equipa adversária. A verdadeira preocupaçã­o é perceber quem será o árbitro, quem estará no VAR e que erros (num passado recente) estes Senhores terão cometido em desfavor do seu clube.

Certos dirigentes de clubes pedem inibição de alguns árbitros e até presidente­s o fazem, o último que me lembro foi Luís Filipe Vieira a propósito de Fábio Veríssimo.

Esta semana que passou, voltou a trazer suspeitas sobre o Benfica. Um ex-jogador do Rio Ave denunciou sob juramento e em tribunal que um tal de Imperador Boaventura, César de seu nome, terá tentado “comprar” este jogador e mais dois ex-companheir­os de equipa, para “facilitare­m” contra o Benfica na época 2015/16.

O Benfica veio logo a terreno negar que desconheci­a tal aliciament­o por parte do Senhor de tamanha boa aven- tura. Recordo apenas, para memória do bom leitor, que este foi o Senhor que num telefonema para Vieira, engendrou com o dito Presidente uma maneira de “empacotar” Vitória, por uma verba próxima dos 15 M€. Este Senhor Boaventura, é o tal empresário cuja ligação profission­al com o Benfica é de todos conhecida na transferên­cia de alguns jogadores.

Mas que raio tem este Benfica que só trabalha com gente de fino recorte?

QUE RAIO TEM ESTE BENFICA QUE SÓ TRABALHA COM GENTE DE FINO RECORTE?

Boaventura junta-se assim a Paulo Gonçalves ( o encantador de toupeiras), Nuno Cabral (“o menino querido”), José Silva (“a toupeira”) e Domingos Soares de Oliveira (que aparenteme­nte casou a filha “pelas contas do Benfica”), para mais uns capítulos do Benfica de Vieira.

Se em campo “chamámos” o VARpara resolver os vícios de décadas, será melhor agora chamar a polícia de vez, como sugeria uma canção nos anos 80 dos Trabalhado­res do Comércio.

Umfutebol sob permanente suspeita, não se aguenta.

Os jogadores, os adeptos e a grandeza dos clubes não merecem nada disto.

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