Futebol tem lógica e memória curta

Seleção Nacional começa hoje a caminhada para a fase final do Euro’2020 e arranca com um grupo de jogadores de altíssima qualidade que representam clubes de topo. E já com Cristiano Ronaldo, o que não é despiciendo. Ora, assim sendo, apesar da imprevisibilidade que existe no futebol, Portugal tem clara obrigação de se qualificar.

Veja-se, a título de exemplo, o caso do defesa- direito: há anos era uma posição para a qual não tínhamos um jogador e onde, agora, Cédric, campeão europeu, nem sequer foi convocado por Fernando Santos, pois para essa posição o selecionador tem ao seu dispor Cancelo, da Juventus, e Semedo, do Barcelona. Esta equipa tem um grande potencial e, portanto, exigir a sua passagem à fase seguinte é natural.

Reconheço, claro, que no fut eb ol nem sempre há lógica, mas isso aplica-se apenas ao jogo em si mesmo, ao que acontece no interior das quatro linhas, porque no restante… esta pode e deve imperar. E um exemplo disso pode ser o da Sampdoria, pois caso se concretize a sua venda aos americanos do York Capital Management, por 120 milhões de euros, Gianluca Vialli será o seu presidente. Em meu entender, o futebol ser dirigido por homens do futebol é uma medida lógica. E reconheço também que no futebol a memória é relativa e curta .

Deixo out ro exemplo: o Manchest er C it y eliminou recentemente o Swansea da Taça de Inglaterra com um penálti inexistente e um golo em fora-de-jogo. Guardiola reconheceu os erros e veio logo dizer que não gosta de ganhar assim… Pois, mas não disse o mesmo quando o Barcelona eliminou o Chelsea com aquele ‘roubo’ histórico praticado pelo árbitro norueguês de nome Ovebro, que o levaria à final e que acabaria por vencer. Nessa altura, teve uma ‘branca’…