Record (Portugal)

“Nunca ter jogado deixa alguma mágoa”

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FOI POUCO FELIZ NO TONDELA

Miguel Batista faz questão de deixar bem assente que está “muito grato ao Tondela e ao presidente, Gilberto Coimbra”. Mas admite que a sua passagem pelo clube beirão não foi feliz, explicando o trajeto que começou em 2013/14, quando ingressou nos juniores. “Fui para o Tondela por ser o clube da terra e porque conseguia conciliar com os estudos. Na época seguinte é que comecei a ter noção do que realmente é o futebol. Disseram-me que integraria o plantel final, mas havia quatro guardarede­s. O lado mais fraco era eu, e então decidiram emprestar-me. Fui para o Tourizense”, recorda Miguel Batista.

Em 2015/16, esteve toda a época no João Cardoso, vivendo a estreia

ESTEVE QUATRO ÉPOCAS NOS BEIRÕES COMO SÉNIOR, MAS NÃO SE ESTREOU OFICIALMEN­TE; FOI VÁRIAS VEZES EMPRESTADO

do clube no escalão maior. Na temporada posterior, o cenário foi similar: “Disseram que ia ficar no plantel para poder crescer... Mas fui emprestado ao Gafanha, a cerca de uma semana do início da época. Passada uma semana, voltei a ser chamado para o Tondela, porque outro colega saíra. Depois, fiquei até ao final da época, mas este vai e volta, ora estou cá, ora não estou, não era agradável.” Na preparação para a temporada 2017/18 surgiu novo momento di- fícil de digerir, já depois de Miguel ter sido determinan­te na conquista de um troféu de pré-época, diante da Académica, onde defendeu dois penáltis no desempate. “O míster Pepa, por quem tenho enorme consideraç­ão, queria que eu ficasse no plantel, pois gostava de trabalhar comigo. A pouco tempo do início do campeonato, o diretor desportivo disse-me que se calhar ia ser emprestado... O Janota não chegou a acordo para rescindir e voltei a ser eu o prejudicad­o. O míster fez o que esteve ao seu alcance. À terceira cedência, per- cebi que o futebol não é só trabalho e dedicação”, resume. Miguel nunca se estreou em provas oficiais pelo Tondela. Foi para o Nogueirens­e e, uns meses depois, a mistura de sentimento­s culminou com a decisão de deixar o futebol: “É lógico que deixa alguma mágoa ter estado num clube de 1ª Liga e não ter tido oportunida­de de jogar. Mágoa pela situação e não em relação a ninguém. Se calhar também não tive sorte, como por exemplo no jogo em que Janota foi expulso. Eu estava no banco, mas as substituiç­ões já estavam esgotadas...” *

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TESTE. Miguel só foi opção no Tondela na... pré-época

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