Record (Portugal)

E NO FIM GANHA A ALEMANHA

- FILIPE BALREIRA

Golo de Schulz (90’) dá triunfo à Mannschaft e leva à terceira derrota de Koeman na Holanda

Gary Lineker afirmou uma vez que o futebol era onze de cada lado e no final ganhava a Alemanha. Ontem, foi a Holanda a sentir isso na pele. A seleção de Ronald Koeman vencera a Irlanda do Norte no início da qualificaç­ão e esperava repetir o feito na receção à Alemanha. Porém, a Laranja Mecânica foi derrotada (2-3) pela Mannschaft, que acabou por ser a terceira seleção - após Inglaterra e França - a bater a equipa com Koeman ao leme.

Num dia em que se cumpriram três anos do faleciment­o de Johan Cruijff, os holandeses queriam dar uma alegria aos adeptos presentes em Amesterdão, mas estes viram os visitantes ser melhores na 1ª parte. Aos 15’, Schulz rompeu pela esquerda e cruzou para Sané marcar, aproveitan­do De Ligt ter escorregad­o. A toada continuou e, aos 34’, Gnabry fez um grande golo, o quinto em seis partidas pela seleção. A primeira metade pertenceu aos visitantes, que tiveram cinco remates à baliza, numa fase em que Neuer - que igualou o número de jogos (86) de Kahn - ainda fez duas boas defesas. Após o descanso, o figurino do encontro mudou: a Holanda vol- tou com muita velocidade e pressionou no limite. E, principalm­ente, surgiu Depay. Aos 48’, assistiu De Ligt para o seu primeiro golo na seleção e, aos 63’, igualou o jogo. Para se ter noção, nos 22 golos da Holanda de Koeman, 13 (oito tentos e cinco assistênci­as) tiveram o contributo do avançado do Lyon.

Só que a Alemanha nunca desiste e a solução estava no banco: Löw lançou Reus (88’). Dois minutos volvidos, o jogador do Dortmund assistiu Schulz, que deu o primeiro triunfo alemão na Holanda desde 1996. “Foi um jogo que podia ter caído para qualquer lado. Gostei da atitude”, disse Koeman, enquanto Löw frisou: “Foi bom, mas há que fazer melhor”. Já a Irlanda do Norte bateu (2-1) a Bielorrúss­ia – golos de Johny Evans (30’) e Magennis (87’) – e lidera o grupo. *

“FOI BOM, MAS TEMOS QUE FAZER MELHOR”, DIZ LÖW, APÓS O PRIMEIRO ÊXITO GERMÂNICO NA HOLANDA DESDE 1996

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DISPUTA. Schulz - que fez o golo decisivo ao cair do pano - foi quase sempre uma dor de cabeça para o lateral direito Dumfries

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